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Maxalgina, a Dipirona da Venezuela, está contaminada com o vírus Marborde #boato

Maxalgina, a Dipirona da Venezuela, está contaminada com o vírus Marborde, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – Cuidado com a Maxalgina, a Dipirona vinda da Venezuela. Ela está infectada com um vírus mortal, o Marborde, e é vendida no Brasil.

Entra ano e sai ano, alguns boatos insistem em se modificarem e, assim como os vírus, circularem por aí. É o caso da história de hoje, que cita um remédio chamado Maxalgina.

De acordo com uma mensagem que está circulando na internet, a rádio Nacional da Venezuela mandou avisar que a Maxalgina, que seria uma Dipirona vindo do país, estaria infectada com o Marborde, que seria um vírus mortal. O texto fala ainda que o remédio é “mais branco e brilhante” do que a “Dipirona comum” e que todos devem compartilhar a mensagem. Leia:

Versão 1: NOTICIA INPORTANTE; CONTIDO EM MEDICAMENTOS INPORTADO DA VENEZUELA PARA O BRASIL RÁDIO NACIONAL, DE VENEZUELA AVISO URGENTE, CUIDADO NÃO TOME O NOVO DIPIRONA, QUE VEM ESCRITO S BARRA 500 E O NOVO DIPIRONA INPORTADO DA VENEZUELA MUITO BRANCO E BRILHANTE, OS MÉDICOS PROVAM QUE CONTEM VIROS, MARBORDE, CONSIDERADO O VIROS DOS MAS PERIGOSO DO MUNDO E COM ALTA TACHA DE MORTALIDADE, ALERTE A SUA FAMILIA E SEUS AMIGOS…..COMPARTILHEM PRA AJUDAR FAMILIAS Versão 2: Maxalgina a base de dipirona monohidratada Vinda da venezuela Com vírus para contaminar a gente,na duvida nao use

Maxalgina, a Dipirona da Venezuela, está contaminada com o vírus Marborde?

Vídeo: é falso que imagens mostram Lulinha agredindo a esposa

Muita gente compartilhou a informação a torto e a direito por aí. Só há dois detalhes no texto. O primeiro é que a denúncia é falsa. O segundo é que se trata de um boato mais do que manjado. Calma aí que a gente explica tudo para vocês.

De cara, a mensagem já nos deixa desconfiados. Ela carrega muitas da principais características de boatos online. Ela é vaga, alarmista, com erros de português e pede compartilhamento. O texto até cita o que seria uma fonte confiável: a tal rádio Nacional da Venezuela.

Foi aí que começamos a nossa busca. Adivinha qual é um dos primeiros resultados que encontramos sobre o assunto: um desmentido do Boatos.org. Isso acontece porque essa história de Dipirona infectada da Venezuela já foi desmentida aqui por duas vezes.

Na primeira, tratava-se de um texto escrito por um site que sempre publica fake news. Importante dizer que a história já era uma modificação de outro boato: o que falava que o paracetamol de Angola estava infectado. Tudo está explicado nos dois vídeos a seguir.

Tempos depois do boato sobre a Dipirona vinda da Venezuela, começou a viralizar a informação de que era um remédio chamado Dipimed que estaria infectado. Assim como na história de hoje, usaram um texto já manjado e incluíram o nome de um medicamento.

Pois bem… voltando ao caso da Maxalgina. A história é tão falsa que o remédio sequer é da Venezuela. Além disso, a Natulab, laboratório responsável pelo medicamento, desmentiu a informação em seu site oficial. Confira o que foi dito:

A Natulab informa que, desde 2018, tem circulado nas mídias sociais uma mensagem falsa, que diz que medicamentos com a substância dipirona – conhecida e utilizada contra dores e febre – seria fatal, pois teriam sido contaminados por um vírus letal na Venezuela.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já atestou que essa notícia é falsa. O Ministério da Saúde esclarece que todos os medicamentos passam por um rígido processo de validação e possuem os devidos registros na Anvisa, e desmente a informação falsa por meio de nota oficial em seu portal.

No mesmo sentido, a Natulab reforça que o produto Maxalgina (dipirona sódica) segue rígidos processos de segurança e qualidade, além de passar por análises microbiológicas e de estabilidade, assim como toda a produção de seu laboratório.

Resumindo: a história que aponta que há um medicamento vindo da Venezuela chamado Maxalgina com um vírus mortal é falsa. Trata-se uma evolução de um boato já desmentido aqui, que não faz sentido e foi desmentido até pelo laboratório responsável pelo produto.

P.S.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61)99177-9164.

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