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Alemanha descobre que vacina contra Covid-19 é 40 vezes mais mortal do que se esperava #boato

Alemanha descobre que vacina contra Covid-19 é 40 vezes mais mortal do que se esperava, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – Vacina contra a Covid-19 é 40 vezes mais mortal do que se sabia anteriormente, descobre estudo feito na Alemanha.

Enquanto a vacinação contra a Covid-19 segue avançando no mundo inteiro, as fake news sobre os imunizantes ainda seguem causando medo e confusão. Atualmente, 65,8% da população mundial já recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19.

No total, já são quase 12 bilhões de doses aplicadas ao redor do mundo. E mesmo com um número bastante representativo de vacinados e poucas notícias de problemas relacionados à vacina, grupos antivax seguem causando um alvoroço na internet.

E de acordo com uma história que está circulando nas redes sociais, a Alemanha teria descoberto que a vacina contra a Covid-19, na verdade, seria 40 vezes mais mortal do que os estudos apontavam. Confira:

Versão 1: “Alemanha admite ‘vacina’ Covid 40 vezes mais mortal do que se sabia. Suspeitei desde o princípio deste genocídio”. Versão 2: “POR ISSO NINGUÉM SE RESPONSABILIZA? Alemanha admite ‘vacina’ Covid 40 vezes mais mortal do que se sabia. Um novo estudo consequente da Alemanha mostra que o número de pessoas que sofrem de complicações graves após receber a ‘vacina’ Covid é 40 vezes maior do que o conhecido anteriormente”.

Alemanha descobre que vacina contra Covid-19 é 40 vezes mais mortal do que se esperava?

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A informação viralizou nas redes sociais, em especial, no Twitter e deixou muita gente preocupada. Apesar disso, a história não é verdadeira. A explicação fica por conta da origem do tal estudo citado pela história.

Não é preciso nem lembrar de como as centenas de informações falsas sobre as vacinas e sobre a Covid-19 causaram uma verdadeira confusão no mundo real. A equipe do Boatos.org já desmentiu inúmeras delas, como a que dizia que a vacina contra a Covid-19 estaria causando o surto de varíola dos macacos. Também a que indicava que a Pfizer teria divulgado uma lista com 1291 efeitos colaterais graves que provaria que ela não é segura e, por fim, a que apontava que a proteína Spike presente na vacina contra a Covid-19 causa câncer, segundo médico.

Resolvemos, então, procurar por mais informações sobre o caso. Como já era de se esperar, descobrimos que a fonte de toda a informação é uma velha conhecida dos sites de checagem. A página espalhou dezenas de fake news sobre as vacinas contra a Covid-19 ao longo de toda a pandemia. Se isso não bastasse, não existe nenhuma notícia sobre o assunto em veículos de comunicação confiáveis.

Além disso, ao analisarmos a história, percebemos que o tal estudo citado pela história, na realidade, foi feito por negacionistas e a Alemanha não admitiu nada. Se isso não fosse o suficiente, o tal estudo é totalmente questionável e foi desmentido por um site de fact-checking alemão.

De acordo com o site Tagesschau, estudos internacionais sobre efeitos colaterais graves relacionados à vacina dizem outra coisa. Segundo o Instituto Paul Ehrlich (PEI), o número de pessoas que sofrem com efeitos colaterais graves é de apenas 0,02%. Além disso, ainda de acordo com o site, o tal estudo citado pela história apresenta grandes problemas em relação à sua metodologia. Por exemplo, os eventos adversos (que podem ou não ter relação com a vacina) são descritos como se fossem a mesma coisa (como se todos eles tivessem relação com o imunizante, mesmo que não tenham). Por fim, as pessoas que participaram do experimento não tiveram seus dados verificados, não houve seleção para se ter representatividade e muito menos um grupo de controle.

Em resumo: a história que diz que a Alemanha admitiu que a vacina contra a Covid-19 é 40 vezes mais mortal do que se esperava é falsa! A história surgiu em um site que já é um velho conhecido dos sites de checagem. Ao longo de toda a pandemia, o site se dedicou a publicar diversas informações falsas sobre as vacinas. Se isso não bastasse, o estudo citado pela história tem problemas de metodologia e análise, desde a seleção dos participantes até o modo como os resultados foram apresentados, dando a entender muitas coisas que não são verdadeiras. Por fim, a Alemanha não admitiu nada sobre o assunto. Ou seja, a história não passa de balela!

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo siteFacebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.

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