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Pfizer publica lista de 1291 efeitos colaterais graves que provam que vacinas não são seguras #boato

Pfizer publicou lista de 1291 efeitos colaterais graves que provam que vacinas não são seguras, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – Documento publicado pela Pfizer aponta lista com 1291 efeitos colaterais decorrentes da vacina e prova que imunizantes são perigosos.

Depois de deixar mais de 6 milhões de mortos em uma das piores ondas de doença já enfrentadas pelo mundo moderno, a pandemia da Covid-19, enfim, está sob controle. Ainda que o número de casos diários esteja próximo da média de dezembro de 2021, o número de mortes caiu drasticamente.

E isso se deve pelas medidas adotadas por quase todos os países e amparadas pela Ciência. O isolamento, o uso de máscara e as vacinas foram os grandes responsáveis pelo feito e pela segurança de jovens, adultos e idosos no momento atual.

Apesar disso, ainda existem pessoas que desacreditam esses métodos científicos, especialmente as vacinas. De acordo com uma história que está sendo compartilhada nas redes sociais, a Pfizer teria publicado uma lista de 1291 efeitos colaterais graves da vacina contra a Covid-19 e recomendado o uso do imunizante todos os anos. Segundo a publicação, isso seria a prova de que as vacinas não são seguras. Confira:

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“ESSE É O VERDADEIRO ATESTADO DE ÓBITO DA MINHA MÃE Infarto cerebral trombotico Após obrigar bilhões de seres humanos a vacinar, a Pfizer publica a lista de 1.291 efeitos colaterais graves de sua “vacina”. Ainda assim, ele diz que todos devem receber uma nova dose todos os anos. Aqui a lista: Parada cardíaca. – Insuficiência cardíaca. – Trombose Ventricular Cardíaca. – Choque cardiogênico . – Miocardite. – Lesão renal aguda. – Mielite flácida aguda . – Anticorpos antiesperma positivos – Embolia e trombose do tronco cerebral. – Vasculite do sistema nervoso central. – Morte neonatal. – Trombose venosa profunda. – Encefalite do tronco cerebral. – Encefalite hemorrágica  – Epilepsia do lobo frontal. – Espuma na boca. – Psicose epiléptica. – Paralisia facial. – Síndrome do Desconforto Fetal. – Amiloidose gastrointestinal. – Convulsão tônico-clônica generalizada. – Encefalopatia de Hashimoto. – Trombose vascular hepátic. – Reativação do herpes zoster. – Hepatite imunomediada. – Doença pulmonar intersticial. – Embolia da veia jugular. – Epilepsia mioclônica juvenil. – Lesão hepática – Baixo peso de nascimento. – Síndrome inflamatória multissistêmica em crianças. – Convulsão Neonatal. – pancreatite. – pneumonia. – Morte fetal. – Taquicardia – Epilepsia do lobo temporal. – Autoimunidade testicular – Infarto cerebral trombótico. – Diabetes melito tipo 1 . – Trombose Venosa Neonatal. – Trombose da artéria vertebral”. 

Pfizer publicou lista de 1291 efeitos colaterais graves que provam que vacinas não são seguras?

A informação viralizou nas redes sociais, em especial, no Facebook e deixou muitas pessoas assustadas. Apesar disso, a história não é verdadeira. A explicação fica por conta da falta de provas.

Não é preciso nem lembrar que ao longo de toda a pandemia, diversas histórias falsas sobre a Covid-19 e as vacinas circularam nas redes sociais. A equipe do Boatos.org já desmentiu dezenas delas aqui.

Além disso, a mensagem apresenta diversas características de fake news, como o caráter vago, alarmista e a falta de fontes confiáveis, bem como a falta de divulgação do assunto em veículos de comunicação e científicos.

Como já estamos cansados de falar por aqui, as vacinas são sim muito seguras. Isso é embasado por fontes confiáveis (e não, sites e perfis antivacinas com viés político e ideológico não são considerados fontes confiáveis). Vale ressaltar que a vacina não é recomendada em alguns casos, como pessoas que possuem alergia a algum componente do imunizante. Na dúvida, é sempre importante consultar um médico (que não seja negacionista).

Já em relação aos efeitos colaterais, existe sim uma chance deles ocorrerem. Mas em sua maioria, são efeitos leves, como indisposição, dor de cabeça ou febre. Efeitos colaterais graves ocorrem com uma frequência baixíssima. Para se ter uma ideia, o risco de internação por Covid-19 é cerca de 257 vezes maior do que por um efeito colateral grave.

A partir daí, resolvemos procurar por mais informações sobre o assunto específico e descobrimos que a história circula desde março de 2022, em inglês e acabou desmentida na gringa.

De acordo com o site TECHARP, a fonte usada como prova da história é uma página bastante conhecida por disseminar desinformação. Além disso, o site ainda destacou que o documento divulgado em dezembro de 2021 não mostra 1291 efeitos colaterais, mas sim eventos adversos de interesse especial (EAIE). Os eventos adversos são coisas desfavoráveis ou estranhas que ocorrem após a vacinação e que devem ser investigadas para saber se possuem alguma relação direta com o imunizante.

Já o site Dubawa ressaltou que a suposta lista de efeitos colaterais, na realidade, trata-se de uma lista de diferentes efeitos possíveis de acordo com a suas atividades de farmacovigilância (coleta e avaliação de informações relacionadas à segurança da vacina). Entretanto, o próprio documento desmente a história, uma vez que não apontou novas preocupações de segurança que exijam a troca dos rótulos, apenas o risco de anafilaxia (que já havia sido listado).

Por fim, vale apontar mais alguns detalhes. O primeiro é que a postagem nas redes sociais sequer mostra os 1291 efeitos colaterais. São listados apenas 41 deles. Já o segundo é o fato de agências de saúde não terem listado nenhum desses efeitos.

Em resumo: a história que diz que a Pfizer teria listado 1291 efeitos colaterais da vacina e isso seria a prova de que os imunizantes não são seguros é falsa! A fonte usada como prova da informação é uma página bastante conhecida por disseminar histórias falsas. Além disso, o tal documento da Pfizer foi publicado em dezembro de 2021 e não mostra efeitos colaterais da vacina. Na realidade, ele apresenta eventos adversos (que são coisas desfavoráveis ou estranhas que ocorrem após a vacinação, como um acidente de carro, e que são investigados para saber se há alguma relação com a vacina). Ou seja, a história não passa de balela de negacionista antivax e não deve ser levada em consideração!

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.

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