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Ricardo Amorim grava áudio pedindo o fim da quarentena e apoiando Bolsonaro #boato

Ricardo Amorim grava áudio pedindo o fim da quarentena e apoiando Bolsonaro, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – Ricardo Amorim gravou um áudio e publicou no WhatsApp. O economista pediu o fim da quarentena do coronavírus, apoiou Bolsonaro e fez críticas a João Doria.

Nos últimos dias, o que não tem faltado na internet são notícias falsas  que visam dar credibilidade ao posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (que vai contra todas as recomendações de autoridades em saúde) de que a quarentena do coronavírus tem que acabar. Na última dessas histórias, um áudio é atribuído ao economista Ricardo Amorim.

De acordo com mensagens que acompanham o arquivo (que não será colocado aqui), Ricardo Amorim gravou o áudio se posicionando em relação à quarentena do coronavírus. Ele teria falado que concorda com o presidente Bolsonaro, que o presidente está sendo vítima de um golpe, que o Brasil vai quebrar se continuar em quarentena e faz críticas ao governador João Doria. Leia a mensagem que circula online e acompanhe a transcrição do áudio:

Mensagem: Áudio de Ricardo Amorim, economista e comentarista economico do programa Manhattan Conection da GloboNews…… Quando ele faz palestras e fala de tendência de mercado econômico muitos desconfiam. Agora ninguém vai poder dizer que ele não diz “com todas as letras” o que de fato tem que ser falado. É só CONFERIR!

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Áudio (transcrito automaticamente): Fala aí Gedel. Olha só quando eu vi o pronunciamento do Bolsonaro. A minha primeira reação foi de Pô como assim, como assim tira as pessoas de casa, né. Mas agora vamos colocar as coisas no lugar e vamos pensar. Tá bom. Nós tamo falando de uma epidemia que no mundo não matou trinta quarenta mil pessoas no plano. Beleza. A gente tem uma imprensa no Brasil que dizem duzentos mil mortos no Brasil, porra como assim, se no mundo onde é frio num matou quarenta mil, Tá bom. tem o Brasil dois quatro sete falando em quatrocentos e sessenta mil pessoas mortas como da onde os cara tirar esse número na onde Lula tirava as porcentagens. Só se for então é importante entender que a esquerda e o centrão e a imprensa, os inimigos do Bolsonaro do país tão usando Corona como arma pra causar o caos, o caos absoluto e outra decisão de um presidente de um governo é baseado no nos fatos, nos números do que tem menos ou mais. Pro país vão imaginar então se o cenário apocalíptico da esquerda do centrão, né e etcétera, seja verdadeiro que quatrocentos e sessenta mil pessoas morram. de fato no Brasil, tá bom quatrocentos e sessenta mil pessoas, quinhentas mil pronto, quinhentas mil pessoas em duzentos milhões. quanto significa isso. Percebe ponto vinte e cinco por cento. Qual que é o impacto disso para o país pra preservação da ordem social, da ordem democrática da vida de todas as outras pessoas do emprego é nada é triste e tal não sei o que, mas tudo bem irmão é uma fatalidade biológica. Agora vamos parar o país quatro. Vamos fazer o que João Doria fez em São Paulo. fechou o comércio cara daqui a pouco. Não vai ter comida. Não tem restaurante pro caminhoneiro comer. Quando ele vai fazer entrega, entendeu esse aqui é o negócio. Imagine um país que tem trinta e oito milhões de autônomos parado quatro meses. Esses caras vão vê como sabe o que vai acontecer. Vai começar a testar aqui em grandes mercados. A criminalidade vai crescer assustadoramente no cenário de caos de saque, coisa, pegando fogo, aumenta homicídio, estupro, assalto, tudo cara. Tudo que a polícia não dá conta no meio do caos de proteger ninguém. E nós não não podemos esquecer o tamanho que tem o Brasil. Tamo falando só de São Paulo que é tudo assaltado, bonitinho, né. Todo mundo tá em casa lá com seu Netflix, com dinheirinho que ficou guardado, né. Isso aí é fácil ficar em casa orei a Dona Maria lá no Nordeste, no Agreste, que vive dum dinheirinho que vem do Governo e não tem nenhum de comprar comida porque o comércio tá fechado. E o cara da quebrada comé que fica e o autônomo que não tem receita comé que fica esse aqui é o negócio e outra é um tipo de impacto desse quatro meses na economia desse tamanho praticamente parado. o mercado interno travado cês tem noção cara, leva anos décadas que é que dá pra se recuperar disso e outra num cenário de caos desse que as esquerdas dão. Agora, Cê acha que João Doria fechou o comércio no Estado de São Paulo, pensando na vida das pessoas, coisa nenhuma coisa. Nenhuma preocupação dele sabe qual é a eleição. Ele esquece que tem uma esquerda muito mais perigosa do que ele que vai usar esse caos antes dele e mais. Ele esquece do povo que já tá pagando essa conta. é a gente que vai pagar essa conta sem democracia amanhã, com um golpe de esquerda ou a gente vai pagar essa conta também com uma economia quebrada, empresas quebradas, cara bolsa desaba Cê sabe por que que a Inglaterra acabou com a escravidão porque ela não tinha o mercado interno. Não tava do que escravo consumisse pra ter dinheiro circulando no país procê ter ideia do que da importância que tem o mercado interno. Da economia sabe eles tão quebrando o mercado interno brasileiro. O João Doria tem na mão o coração do país nem precisa mais ninguém fazer ou não fazer nada só dele para São Paulo. Ele já fecha o país quer mais pizza. Cê acha que o vídeo cê tá preocupado com as pessoas. Tá preocupado com eleição, então isso aí. Golpe contra o Governo, mais uma vez sacrificando as pessoas não bastasse o Congresso da golpe no governo rotineiramente o STF apoiando o Congresso contra o Governo rotineiramente Agora a gente a imprensa batendo no governo todos os dias com ou sem motivo por. Razão Agora a gente tem um alarmismo catastrófico gerado pela Globo e companhia apoiado pelos governadores que estão de olho na cadeira da presidência e amplamente divulgado pela esquerda, que espera oportunidade de dar um golpe real. Então o país não pode parar o país na economia. Não sobrevive. o vírus passa certo e a vida volta ao normal. Não não volta se ficar parado, não volta o vírus passa a consequência na economia. Se a gente permitir não ah, mas e as pessoas que podem morrer cara tem duas formas de proteger as pessoas horizontal todo. Em casa que não é o caso, vamos lembrar que agora nenhum como a imagem mostra aí, matou muito mais no impacto no Brasil. Foi muito maior do que o tem sido um convide e vale lembrar que a curva do convite já está achatando a tendência que no Brasil seja menor do que foi no resto do mundo, então enconomia tem que voltar a funcionar. Comé que a gente protege as pessoas vertical. Quem não sai de casa, idoso, gente no grupo de risco. Olha, eu posso falar isso. Eh de boca cheia. Meu pai é tem setenta e quatro anos é cardíaco. Minha mãe tem doença autoimune. Minha mulher tem asma. Os três tá no grupo de risco comé que funciona aqui em casa. Eu que saio tem. Coisa eu sai. Ele fica em casa. Eu vou na farmácia no mercado. Eu vou resolver as coisas. Eles ficam aqui tão higieniza a mão. Quando eu tô na rua, fico longe das pessoas, chega em casa. Já tira o sapato antes de entrar em casa, indeniza a sola do sapato. Vou tomar um banho cabô. Eu não poderia fazer isso pra trabalhar. Posso pôr todo mundo. pode nós vamos parar o país. Bolsonaro tem razão. Ignorância é da arma que a esquerda quer esquerda, quer usar o Corona pra transformar o Brasil na Venezuela. tá no meio do caos tomar o poder. Não não podemos permitir que isso aconteça. Tá na nossa mão fazer o que é certo. Agora é a hora de estufa o peito e defender o nosso país num é.Presidente que tá em risco aqui é a nossa sobrevivência de verdade. Não é pelo vírus. Não é pelo mídia vírus mais uma vez abraço a todos.

Ricardo Amorim gravou áudio pedindo o fim da quarentena e apoiando Bolsonaro?

A mensagem se espalhou com muita força na internet e deixou muita gente curiosa sobre o posicionamento (diga-se de passagem, um tanto sem noção). Mas será mesmo que Ricardo Amorim gravou o tal áudio? A resposta é não. Calma aí que a gente explica tudo para vocês.

De cara, a mensagem já nos causou desconfianças. Os motivos são três. O primeiro está nas características da mensagem: vaga, alarmista, com erros de português, pedido de compartilhamento e sem citar fontes confiáveis. O segundo está no histórico de boatos que “tentam limpar a barra” do pronunciamento de Bolsonaro (que teve grande rejeição popular e está repleto de informações erradas): Entre outros, já teve apoio falso do The New York Times e Arnaldo Jabor e exemplos falsos de Nova York e Israel.

O terceiro motivo está no tom da publicação. Claramente, o áudio foi gravado por uma pessoa que apoia Bolsonaro cegamente. É possível, inclusive, perceber algumas informações falsas colocadas no conteúdo (como a que aponta que há “um golpe” contra Bolsonaro). Como é possível ver em muitos posicionamentos, Ricardo Amorim tem adotado uma postura equilibrada em relação ao governo. Em alguns casos, como nesse, ele, inclusive, critica o presidente.

Com essas desconfianças, fomos buscar por mais detalhes a respeito do assunto. Como imaginávamos, o áudio não é de Ricardo Amorim. Via Twitter, o economista desmentiu a informação. Leia o que ele escreveu:

Áudio atribuído a mim que está rolando em grupos de Whattsapp é #fake . O que eu realmente acho está aqui: https://instagram.com/tv/B-IMn5vD9cV/ Combata a fake news e compartilhe nos seus grupos de Whattsapp e redes sociais.

Fomos buscar pelo posicionamento dele no Instagram. Pelo que vimos, ele concorda que temos que ficar em casa para reduzirmos as mortes e os impactos econômicos. Leia o que ele disse e assista ao vídeo: :

Como e por que ajudar o Brasil a combater o coronavírus agora? Aparentemente, há hoje 2 grupos antagônicos com relação aos desafios do coronavírus. Para o 1°, o combate ao vírus deve estar acima de qualquer custo econômico. Para o 2°, o custo econômico de nos isolarmos é a maior preocupação. Parece-me que ambos ignoram questões fundamentais.

O 1° desconsidera que nos salvar do vírus às custas de uma crise econômica e social sem limites empobreceria a todos e custaria ainda mais vidas por falta de recursos para combater outras doenças, criminalidade e suicídios. O 2° ignora que se não nos isolarmos agora para limitarmos a transmissão da doença e evitarmos o colapso do sistema de saúde, o n° de mortos crescerá exponencialmente e acabaremos tendo de isolar-nos ainda mais e por mais tempo depois, com custos humanos E econômicos ainda maiores.

Para reduzirmos as mortes E os impactos econômicos temos de ficar em casa agora. Com a capacidade de resposta do sistema de saúde preservada, retomaremos a atividade econômica mais rapidamente. Além disso, para estabilizar a curva de transmissão da doença e reduzir sua letalidade, temos de aumentar a disponibilidade de tratamento – expandindo a oferta de leitos, equipamentos, medicamentos e profissionais – testando e monitorando o mais rapidamente possível qualquer suspeita de infecção e monitorando todos que chegam ao país do exterior, ganhando tempo para o conhecimento científico sobre o combate à doença avançar.

Enquanto isso, precisamos de medidas que reduzam os impactos econômicos negativos nas empresas e trabalhadores, evitando uma quebradeira generalizada e desemprego maciço e também uma redução brutal da renda e da capacidade de consumo e sobrevivência de muitos. Por ora, a principal forma como cada um de nós pode ajudar é limitando o contato social ao máximo. Assista o vídeo para compreender por que e compartilhe com o máximo possível de pessoas para ajudar o Brasil a vencer as crises de saúde e econômica o mais rapidamente possível. #fiqueemcasa #corona #coronavirus

 

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Uma publicação compartilhada por Ricardo Amorim (@ricamorim) em

Resumindo: a história que aponta que o economista Ricardo Amorim gravou um vídeo apoiando o presidente Jair Bolsonaro e se posicionando contra a quarentena do novo coronavírus é falsa. Depois que a informação circulou, o próprio veio a redes sociais negar a autoria da declaração.

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61) 99177-9164. 

Confira a lista de todas as fake news sobre o novo coronavírus

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