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Vacinas contra Covid-19 contêm 80% a 90% de óxido de grafeno #boato

Vacinas contra Covid-19 contêm 80% a 90% de óxido de grafeno, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – Descobriram que a vacina contra Covid-19 tem óxido de grafeno e que, por isso, pessoas estão se infectando com a doença. Ou seja: nova variante é falsa.

Em alguns lugares do mundo, a vida está (na medida do possível) voltando ao normal. Isso se deve, principalmente, à vacinação em massa neste locais. Mesmo com todas essas provas de que as vacinas são uma das únicas armas que temos contra a pandemia, ainda tem gente que insiste que são os imunizantes “os culpados pela pandemia”.

De acordo com mensagens e um vídeo em espanhol que circulam na internet, foi descoberto que as vacinas contra a Covid-19 têm óxido de grafeno. Essa seria a explicação de pessoas vacinadas se infectarem. Ainda é dito que as novas variantes são falsas e que vacinas são experimentais e não seguras.

Uma das mensagens que circula online (traduzida do espanhol) diz o seguinte: “!!️ A partir de Israel a falsa variante vem dos vacinados e as vacinas contêm óxido de grafeno em seus 90 %!!️ DESDE ISRAEL A QUÍMICA FARMACÊUTICA TÂNIA BERNOF: A FALSA NOVA VARIANTE, OS FALSOS PCR E O VÍRUS DO COVID NÃO EXISTE”. Leia trecho da transcrição do vídeo:

Vídeo: É falso que vacina da gripe tenha "vírus do câncer"

A falsa nova variante, a maioria está vacinada para possíveis infecções subsequentes, todas já foram vacinadas, o que temos aqui é uma terapia genética que entra em nossas células para fazer proteínas virais para que essas proteínas virais produzam uma resposta imunológica das vacinas AstraZeneca e Pfizer, que continham entre 80% e 90% de óxido de grafeno. O efeito imunológico disso é algo que eles estão estudando, a gente não sabe ao certo ao que estamos sujeitos com a essa substância que não tem nenhum sentido […]

Vacinas contra Covid-19 contêm 80% a 90% de óxido de grafeno?

Ao analisar a mensagem, vimos que ela circulou com muita força em espanhol e que começou (mesmo sem tradução) começar a viralizar em redes sociais brasileiras. Porém, trata-se de mais uma (com o perdão da palavra) baboseira sobre as vacinas.

O histórico de boatos sobre “coisas horríveis” que têm na vacina são comuns. Só de histórias vindas de fontes internacionais negacionistas (pseudoespecialistas que espalham desinformação) já desmentimos informações falsas sobre as vacinas “alterarem o DNA”, que são “tóxicas”, que vai criar novas variantes, que são experimentais ou, ainda, que vão matar toda a humanidade.

Algumas dessas desinformações são, inclusive, reverberadas no vídeo em questão. Vamos listar rapidamente. 1) Que as novas variantes não existem e são causadas pela vacinação. 2) Que as vacinas são “experimentais”. 3) Que são “terapias genéticas” (alteram o DNA). 4) Que o vírus “não existe”. 5) Que as vacinas não têm eficácia.

Como foi possível de se ver, toda a tese construída pela “pessoa genial” que gravou o vídeo se baseou em desinformação que já circulava online. E a tese citada no vídeo de que o “óxido de grafeno” na vacina é a culpada por infecções e que não existem “novas variantes”? Também surgiu de uma teoria da conspiração sem pé nem cabeça.

Tudo começou com aquela notícia falsa sobre “vacinas magnéticas” (que atrairiam objetos de metal) que se popularizou em diversos países (inclusive no Brasil). Para quem não se lembra do que se tratava e por que é fake, pode ler esse artigo do Boatos.org ou assistir a explicação no vídeo abaixo:

Na Espanha, a (pseudo) explicação para o caso se deu com base na informação de que as vacinas teriam “óxido de grafeno” na composição. A tese foi reforçada, inclusive, por um suposto estudo que viralizou em redes sociais no país. Só há um detalhe: o tal estudo não existia e foi desmentido por lá.

O site Redacción Médica apontou que a Universidade de Almería (citada por alguns como “fonte do estudo”) havia desmentido a informação. A matéria ainda ressaltou que o grafeno não é magnético, que a composição das vacinas não têm o elemento e que, se tivesse, não haveria problema.

O site Newtral também citou a Universidade de Almería e apontou que a institução não reconhecia o estudo em questão. Já a RTVE ressaltou que a universidade apontou as vacinas como um “instrumento científicamente inquestionável”.

É importante destacar que todos os sites citados apontaram que não existe, na composição da vacina contra a Covid-19 relato de que haja óxido de grafeno na composição. O site Heraldo destacou, ainda, que o grafeno seria um “elemento inútil na vacina” (não faria bem nem mal). Isso derruba a tese de que o elemento seria a “causa de novas infecções”.

É importante apontar que a informação de que “novas variantes” não existem não se sustentam cientificamente e que mais pessoas são infectadas por novas variantes da Covid-19 é falsa (algo que também já foi desmentido aqui).

Só trocando em miúdos: com base em uma informação falsa sobre “vacinas serem magnéticas”, um falso estudo começou a apontar que as vacinas teriam óxido de grafeno e pessoas começaram a reproduzir como se o elemento fosse a causa da pandemia e questionando as vacinas. Ou seja: o temos é boato em cima de boato.

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.

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