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30% dos vacinados morrerão dentro de três meses #boato

30% dos vacinados morrerão dentro de três meses, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – Um médico chamado Sherri Tempenny e uma professora chamada Dolores Cahill revelaram ao mundo que 30% dos vacinados morrerão dentro de três meses.

Antivacinas, admitam: vocês perderam! Em um momento no qual até o presidente da República (não sabemos se por pressão ou convicção) “pulou do barco” e passou a falar que as vacinas são a solução para a pandemia, lunáticos do movimento a ficaram “ver navios”. Só que, mesmo enfraquecidos, os críticos da vacina continuam soltando informações falsas.

A última delas é “bem suave” (quase uma medida de desespero). De acordo com uma publicação, nada menos do que 30% das pessoas vacinadas irão morrer dentro de três meses após tomar a vacina. A revelação foi atribuída a um médico chamado Sherri Tempenny e uma professora chamada Dolores Cahill. Leia trechos da mensagem que circula online:

Trinta por cento dos vacinados morrerão dentro de três meses, diz o Dr. Sherri Tempenny Este artigo confirma o que disse a professora Dolores Cahill, de Dublin, que estima que pelo menos 30% dos vacinados morrerão em poucos meses de tempestade de citocinas (algo como uma alergia a amendoim), uma vez que o corpo tenha sintetizado proteína spike em grandes quantidades ! A geneticista francesa Alexandra Henrion-Caude concorda com Dolores Cahill nesta análise e processo.

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A Dra. Sherri Tempenny (imagem) explica como as vacinas de mRNA começarão o processo de despovoamento nos próximos 3-6 meses (julho de 2021). Ela e outros cientistas previram que milhões de pessoas poderiam morrer e que suas mortes seriam atribuídas a uma nova cepa de COVID, para aumentar as vacinas.

30% dos vacinados morrerão dentro de três meses?

A informação, claro, pode ter deixado algumas pessoas com a “pulga atrás da orelha” em relação às vacinas (é essa a intenção). Por isso, estamos aqui para falar que a informação que aponta que 30% das pessoas que tomarem a vacina morrerão em três meses não procede.

Quem acompanha o Boatos.org sabe que a quantidade de notícias falsas antivacinas é gigantesca na internet. Boa parte dessas notícias dá “voz” a negacionistas que, contrariando a ciência, dá opiniões “bombásticas” e sem comprovação científica.

Funciona mais ou menos da seguinte forma. Um negacionista dá uma opinião totalmente controversa (não sabemos se no intuito de se promover) sobre algo que é consenso (como, por exemplo, a segurança das vacinas). Um site desinformativo “compra” a tese (possivelmente no intuito de se promover com a polêmica) e viraliza em língua inglesa. Por fim, algum brasileiro resolve (sem qualquer checagem) “importar” a cascata para o nosso país.

Isso já ocorreu em fake news como a que falava que “centenas de americanos haviam morrido por causa da vacina”, que a vacina aumentou as mortes em Israel, que todos animais morreram em um estudo sobre vacinas e que “vacinas mRNA não são vacinas”.

No caso de hoje não foi diferente. Tanto que a notícia nem chegaria à língua portuguesa (ou chegaria porque tem gente que não se preocupa com a veracidade de um fato) se os “tradutores” tivessem percebido que a informação já foi desmentida nos EUA.

De acordo com o site Politifact, o “médico” (que, na realidade, é um osteopata) já lançou outras fake news como a que vacinas causam autismo e já teve a página banida do Facebook por divulgar desinformações. Além disso, em momento algum ele conseguiu “provar as previsões”. A fala da “professora” (que também é “figurinha carimbada” no mundo da desinformação) também foi desmentida em língua inglesa.

Além disso, os números já derrubam essa tese.  Ao todo, mais de 475 milhões de doses da vacina já foram aplicadas. Se fizermos um “cálculo de padaria” (sem levar em conta variáveis), podemos aferir que temos, no mínimo, 237 milhões de pessoas que receberam ao menos uma dose. Com isso, teríamos, no mínimo, 71 milhões de pessoas mortas por causa da vacina. Não é preciso nem dizer que não temos (nem de perto) um número como esse (nem em mortos por Covid-19). Ou seja: mesmo sendo condescendente nos números, é possível ver que a tese beira a bizarrice.

Resumindo: não só as acusações de que 30% das pessoas morrerão por causa da vacina não são comprovadas e não fazem sentido algum como também elas vem de fontes nada confiáveis e fazem parte de uma tentativa desesperada do movimento antivacinas (que, finalmente, está cada vez mais relegado à sua insignificância).

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61)99177-9164. 

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