Pular para o conteúdo
Você está em: Página Inicial > Política > Funcionária do TSE relata vulnerabilidades nas urnas eletrônicas (sistema eletrônico eleitoral brasileiro), mostra vídeo #boato

Funcionária do TSE relata vulnerabilidades nas urnas eletrônicas (sistema eletrônico eleitoral brasileiro), mostra vídeo #boato

Funcionária do TSE relatou vulnerabilidades nas urnas eletrônicas (sistema eletrônico eleitoral brasileiro), diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – Vídeo mostra uma funcionária do TSE, identificada como Ana Mel, falando sobre as vulnerabilidades do sistema eletrônico eleitoral brasileiro. É a prova da fraude nas urnas eletrônicas.

Daqui até outubro (quiçá até depois disto), o que não vai faltar na internet é ataque às urnas eletrônicas. Hoje, vamos falar de uma suposta denúncia que teria vindo de uma “funcionária” do TSE.

Um vídeo de uma mulher falando sobre supostas vulnerabilidades nas urnas eletrônicas está circulando junto com a indicação de que ela seria uma funcionária do TSE com o nome de “Ana Mel” (em alguns casos, não há qualquer indicação de nome).

A transcrição do vídeo diz o seguinte: “Nós estamos desde 2000, no TSE eu estou desde 2002 fiscalizando a primeira etapa. Qual é a primeira etapa? É o código-fonte. Analisar os códigos que saem de lá e vem para os estados. Agora quando o senhor, você diz que as urnas suscitam desconfiança para o povo brasileiro, eu faria aqui um aparte. Porquê? Porque nós sempre divulgamos que existem vulnerabilidades. O sistema é fraco, o sistema é inconfiável e é um sistema inauditável. Então, neste trabalho que nós fizemos, nós sempre denunciamos essas mazelas”. Leia textos que circulam com o vídeo:

Vídeo: é falso que Elon Musk colocou imagem do Lula ladrão no prédio

Versão 1: Uma funcionária do TSE relata a vulnerabilidade do sistema eleitoral brasileiro, há código fonte frágil e não há como auditar. Quem controla o jogo é quem conta os votos… Versão 2: Se liga BRASIL. Ouçam: O que diz uma funcionária do TSE, sobre as vunerabilidades do sistema eletrônico eleitoral brasileiro!

Versão 3: Bomba!! Funcionária do TSE, declara que desde, 2.000 está sempre divulgando, que: existe vulnerabilidade, no sistema; que ele é fraco, inconfiável; e é inalditável. Versão 4: Bomba: funcionária do TSE relata a vulnerabilidade do sistema eleitoral brasileiro, há código fonte frágil e não há como auditar. Nada pode provar se o voto que aparece na tela é o mesmo que foi registrado!!!

Funcionária do TSE relatou vulnerabilidades nas urnas eletrônicas (sistema eletrônico eleitoral brasileiro)?

Não demorou para o vídeo se espalhar com todas as forças na internet e acabar chamando atenção em redes sociais. Só que, ao contrário do que apontam mensagens que acompanham o vídeo, não se trata de uma funcionária do TSE que fez a denúncia. Muito menos ela se chama Ana Mel.

O histórico recente de mensagens que com informações falsas que visam descrebilizar o sistema eleitoral brasileiro já nos deixa muito desconfiados. Temos fakes falando, por exemplo, de urnas grampeadas, de admissão de fraude e até de boletim mostrando fraude nas urnas.

Agora, vamos ao ponto central. A pessoa em questão não é uma “funcionária do TSE” (se fosse, por sinal, daria muito mais peso na denúncia) e não se chama Ana Mel. Quando o vídeo começou a viralizar, o próprio TSE fez um desmentido sobre o assunto. “Esclarecemos que essa senhora nunca foi funcionária ou colaboradora do TSE”, apontou a assessoria do Tribunal.

O vídeo em questão é de uma edição do programa Direito e Justiça em Foco de novembro de 2014 (há uma chamada sobre o programa aqui). Outro trecho do programa foi utilizado como argumentação de ataque às urnas eletrônicas e foi desmentido pelo site Aos Fatos em março deste ano.

Vale sempre relembrar que, no momento, não é possível dizer que o sistema eleitoral brasileiro não é confiável ou mesmo que é inauditável. Primeiro, porque não há nenhum caso comprovado de fraudes em urnas eletrônicas desde quando o sistema foi adotado. Segundo, porque há sim formas de se auditar os resultados, por meio dos boletins de urna.

Resumindo: não há provas de que há fraudes em urnas eletrônicas e a pessoa que aparece no vídeo que circula online não é uma funcionária do TSE. Trata-se de uma pessoa que não tem ligação direta com o Tribunal Superior Eleitoral e que não se chama Ana Mel.

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo siteFacebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.

 – Siga-nos no Facebook http://bit.ly/2OU3Zwz
 – Siga-nos no Twitter http://bit.ly/2OT6bEK
 – Siga-nos no Youtube http://bit.ly/2AHn9ke
 – Siga-nos no Instagram http://bit.ly/2syHnYU
 – Grupo no WhatsApp https://bit.ly/3uwu4ra
 – Lista no Telegram https://bit.ly/2VSlZwK
 – Siga-nos no TikTok https://bit.ly/3yPELWj
 – Siga-nos no Kwai https://bit.ly/3cUbEso