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Pfizer admite em documento que vacinados espalharão doenças para não-vacinados #boato

Pfizer admite em documento que vacinados espalharão doenças para não-vacinados, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – A Pfizer admitiu em documento que os vacinados espalharão doenças para não-vacinados. A proteína spike da vacina é uma arma bioativa projetada para se propagar de pessoa para pessoa.

Assim como as diversas teorias conspiratórias para explicar a origem da Covid-19 logo no início da pandemia, quando especialistas ainda não tinham muitas informações sobre a doença causada pelo novo coronavírus, vários boatos inundaram a internet nos últimos tempos utilizando-se de mitos para tentar justificar a ação, eficácia e efeitos colaterais, desta vez, das vacinas contra o vírus, deixando dúvidas entre os internautas nas redes sociais.

É o caso do nosso desmentido de hoje. Uma publicação que começou a circular nesta semana, especialmente no Facebook, dá conta de que a Pfizer teria admitido em documento oficial que os vacinados supostamente espalharão doenças para não-vacinados.

A postagem aponta para uma matéria em um site que explica que a proteína spike, principal composto da vacina da farmacêutica, seria uma arma bioativa projetada para se propagar de uma pessoa para outra, seja por meio da respiração, contato com a pele e até sexualmente, podendo provocar coágulos sanguíneos e, consequentemente, derrames, ataques cardíacos, embolia pulmonar e efeitos de infertilidade. Confira, a seguir, o texto original da publicação que está rodando online:

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Texto da publicação: BOMBA: Documentos da Pfizer admitem que vacinados espalharão doenças para os não vacinados Trecho da matéria: Pessoas que são vacinadas com a tecnologia experimental de mRNA estão tendo seus corpos transformados em bombas de armas biológicas, lançando partículas de proteínas que liberam pela boca e pela pele (e sêmen, aliás), infectando todos ao seu redor. A proteína spike é biologicamente ativa e causa coágulos sanguíneos, levando a derrames, ataques cardíacos, embolia pulmonar e efeitos de infertilidade. Os documentos da própria Pfizer revelam que esse fenômeno é bem conhecido pelos desenvolvedores de vacinas.

Pfizer admitiu em documento que vacinados espalharão doenças para não-vacinados?

A notícia não demorou para viralizar e ganhar vários compartilhamentos no Facebook, principalmente entre usuários que acreditam em teorias negacionistas sobre a vacinação contra a Covid-19 e a pandemia em si. No entanto, a informação não procede.

E desconfiamos disso, para começar, por conta do extenso e recente histórico de boatos online sobre as vacinas lançados por sites conspiracionistas. Muitos deles, inclusive, nossa equipe já desmentiu aqui no Boatos.org, como, por exemplo, aquele que apontava que a vacina contra Covid-19 faz a imunidade do corpo diminuir e chance de infecção aumentar; outro que dizia que um tal Dr. Steve Hotze estaria certo ao dizer que as vacinas são, na realidade, terapias genéticas experimentais; e até aquela história bizarra que falava que Mike Yeadon, da Pfizer, teria dito que é tarde demais para salvar alguém que tomou a vacina contra o coronavírus.

Em segundo lugar, assim como nestes casos, o fake de hoje surgiu em sites antivacinas em inglês já conhecidos por publicarem notícias falsas. Aliás, a informação já foi até desmentida por outras agências de checagem, como a Reuters e a AP News, que apontaram vários furos nessa tese de que “vacinados podem espalhar doenças para não-vacinados”.

Um deles é que é impossível transmitir os efeitos colaterais da vacina de uma pessoa para outra, já que o imunizante da Pfizer é feito com tecnologia de mRNA sintético, e não a partir do vírus, o que torna biologicamente inviável que este seja disseminado no corpo humano e, portanto, de uma pessoa para outra.

Mais que isso, a própria farmacêutica explicou ao site AP News que a vacina não pode ser transmitida por inalação. Ela só consegue adentrar o organismo por meio de uma dose administrada. Ainda, como apontou a Reuters, as vacinas de mRNA desaparecem dos corpos dos vacinados dentro de 24 a 48 horas, o que também torna improvável que ela seja “eliminada” pela respiração ou pela pele e transferida para uma pessoa que ainda não recebeu a imunização.

Para você entender melhor, os imunizantes do tipo mRNA apenas utilizam esse mensageiro químico para dar instruções às células para produzirem a proteína spike, que não é uma “arma bioativa”, como aponta a mensagem falsa, mas uma proteína que estimula a resposta imunológica do corpo contra o SARS-CoV-2. Depois que ela é produzida, as células decompõem o mRNA e se livram dele, em um ou dois dias. Ou seja, o único objetivo da vacina da Pfizer é criar anticorpos para nos proteger do vírus – e nada mais.

Por fim, vale lembrar que, ao contrário do que diz o boato, as vacinas contra a Covid-19 são a melhor ferramenta para combater o novo coronavírus e controlar a pandemia, já que visam a imunização do rebanho enquanto o vírus ainda está circulando. É claro que, para uma melhor resposta contra a Covid-19, todas as medidas de proteção devem ser aliadas à toma das doses dos imunizantes, como usar máscara, lavar as mãos com frequência, utilizar álcool gel e manter o distanciamento social.

Resumindo: A publicação que dá conta de que a Pfizer admitiu em documento que vacinados poderão espalhar doenças para não-vacinados não é verdadeira. O próprio laboratório desmentiu a informação, apontando que o imunizante é feito de mRNA, e não com o vírus, o que significa que ele não pode propagar a Covid-19 e nenhuma outra doença. Mais que isso, a vacina não pode adentrar o corpo humano por inalação, mas somente por meio de doses administradas. Ou seja, não pode “infectar” ou repassar efeitos colaterais de uma pessoa para outra.

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61)99177-9164. 

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