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Simone Tebet está com bens bloqueados pela Justiça e por isso não quer investigar governadores #boato

Simone Tebet está com bens bloqueados pela Justiça e por isso não quer investigar governadores, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – Candidata Simone Tebet não quer investigar governadores, porque teve os bens bloqueados pela Justiça

Os debates presidenciais das eleições 2022 já começaram. O primeiro deles, organizado pela emissora Band, foi transmitido no dia 28 de agosto de 2022 e rendeu muito conteúdo (infelizmente, também para as fake news).

Desde então, os candidatos que mais debateram com o atual presidente Jair Bolsonaro passaram a receber ataques constantes na internet. Exemplo disso é a candidata Simone Tebet e a jornalista Vera Magalhães.

Há alguns dias, uma história dava conta de que a candidata Simone Tebet teria afirmado que governadores que desviaram dinheiro público não deveriam ser investigados. Dessa vez, uma nova história aponta que Simone Tebet não quer investigar os governadores, porque está com os bens bloqueados. Confira:

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“A Justiça Federal manteve a ação por improbidade administrativa e o bloqueio dos bens da senadora Simone Tebet (MDB) pelo desvio de dinheiro público na obra de revitalização do balneário municipal de Três Lagoas. Ela não está sozinha neste escândalo, prestem bem atenção”.

Simone Tebet está com bens bloqueados pela Justiça e por isso não quer investigar governadores?

A informação viralizou nas redes sociais, em especial, no Twitter e está sendo usada para atacar a candidata. Apesar disso, a história não é verdadeira. A explicação fica por conta da origem da história e pela falta de provas.

Como citamos anteriormente, parte dessa história já foi desmentida aqui no Boatos.org. Na oportunidade, uma publicação afirmava que Simone Tebet teria dito, na CPI da Covid, que os governadores que desviaram recursos federais não deveriam ser investigados. Na oportunidade, explicamos que o vídeo foi cortado e retirado de contexto. Na realidade, Simone Tebet estava falando sobre o mérito da investigação dos governadores acusados na CPI da Covid. Na oportunidade, ela afirmou que isso seria trabalho do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal (STF), e não do Senado.

Ao pesquisar sobre a outra parte da história de hoje, descobrimos que, de fato, Simone Tebet teve os bens bloqueados pela Justiça Federal, em 2016. Na oportunidade, o bloqueio de R$ 242,3 mil em bens ocorreu por causa de uma ação de suspeita de improbidade administrativa. Na época, havia a suspeita de que Simone Tebet teria participado de possíveis irregularidades na obra de reforma do balneário de Três Lagoas (MS), quando era prefeita da cidade.

Entretanto, em 2019, a Justiça Federal do Mato Grosso do Sul reverteu o caso e desbloqueou os bens de Simone Tebet e dos outros réus da ação. Na ocasião, a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal foi rejeitada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Por fim, em 2020, após um recurso do Ministério Público Federal, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concluiu que não houve violações a qualquer dispositivo da Lei. Além disso, o STJ também afirmou que Simone Tebet não participou da licitação que estaria em julgamento e que não havia provas necessárias para dar andamento ao processo. Por conta disso, a ação foi encerrada.

Em resumo: a história que diz que Simone Tebet teve os bens bloqueados e, por isso, não queria investigar os governadores é falsa! A equipe do Boatos.org já desmentiu a informação de que Simone Tebet não queria investigar os governadores que desviaram recursos federais. Já a segunda parte da história também não procede. De fato, Simone Tebet teve os bens bloqueados pela Justiça, em 2016, durante uma investigação de improbidade administrativa. Entretanto, em 2019, a Justiça negou a denúncia do Ministério Público Federal e tanto Simone Tebet quanto os outros réus tiveram os bens desbloqueados. Em 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) colocou um fim ao caso e concluiu que Simone Tebet não participou do processo de licitação que estava em julgamento. Além disso, o STJ também concluiu que não havia elementos suficientes para dar continuidade ao processo. Ou seja, a história não passa de balela!

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo siteFacebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.

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