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Unicef defende pornografia para crianças em relatório #boato

Unicef defende pornografia para crianças em relatório, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – Unicef publica relatório onde afirma que expor crianças à pornografia não é prejudicial ao desenvolvimento infantil.

O Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) é um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que trabalha em prol da defesa dos direitos das crianças.

Dentre as funções do órgão estão atividades que visam promover a inclusão e proteção das crianças, combater a mortalidade infantil, garantir o acesso à educação e realizar pesquisas e análises que vão servir como base para a construção de políticas públicas.

Mas de acordo com uma história que está circulando nas redes sociais, a Unicef teria divulgado um relatório controverso sobre a relação entre pornografia e crianças. Segundo uma publicação, a Unicef teria afirmado que expor crianças a conteúdos pornográficos não seria prejudicial ao desenvolvimento infantil. Ainda segundo a história, a Unicef também teria dito que impedir que crianças acessem esse tipo de conteúdo é uma violação aos direitos humanos. Confira:

Vídeo: é falso que viúva de Eduardo Campos, Heloísa, escreveu texto sobre Lula

Versão 1: “INACREDITÁVEL!!! UNICEF pública um relatório sustentando que não há evidências de que crianças exposas à pornografia sejam prejudicas, gerando revolta em especialistas. O estudo diz que impedir que crianças acessem pornografia online pode violar seus direitos humanos”. Versão 2: “UNICEF afirma que pornografia nem sempre é prejudicial para as crianças. Após publicar relatório que concluiu que a ‘pornografia nem sempre pode ser prejudicial às crianças’, entidade removeu de seu site”.

Versão 3: “Querem tirar a pureza das nossas crianças a todo custo”. Versão 4: “A taxa de pedófilos por metro quadrado na UNICEF supera a de qualquer outra instituição no mundo. Zero ‘novidade’ para nós”.

Unicef defende pornografia para crianças em relatório?

A informação caiu como uma bomba nas redes sociais, em especial, no Facebook e logo viralizou. Entretanto, a história não passa de balela. A explicação fica por conta do esclarecimento da própria Unicef e dos inúmeros documentos que reforçam o posicionamento do órgão contra a exposição de crianças à pornografia. Além disso, não é preciso ir muito longe para encontrar diversas informações falsas relacionando crianças com questões envolvendo sexualidade.

A equipe do Boatos.org já desmentiu inúmeras delas, como a que dizia que Jean Wyllys queria legalizar sexo com crianças de 8 anos. Também a que indicava que a Bienal do Livro estaria vendendo o livro As Gêmeas Marotas, de conteúdo adulto, para crianças e, por fim, a que apontava que a Prefeitura de Fortaleza teria criado uma cartilha que incentivaria a sexualização infantil nas escolas.

Procuramos mais pelo assunto e descobrimos que, de fato, a Unicef divulgou um relatório que gerou dubiedades. A própria instituição admitiu isso, mas ressaltou que muitas interpretações sobre o documento são equivocadas

Em nota, a Unicef explicou que o artigo, coordenado por ela, teria como objetivo discutir formas de melhorar a segurança de crianças na internet. Ainda segundo a instituição, o artigo apresentou inúmeros resultados que reforçam os malefícios do acesso de crianças à pornografia.

Na nota, a Unicef reforçou sua posição contrária à exposição de crianças a conteúdos adultos. O órgão também explicou que o relatório foi retirado do ar para revisão (e para que ajustes sejam feitos para eliminar qualquer dubiedade em relação aos resultados da pesquisa):

Em notícias nas redes sociais, um artigo coordenado pelo UNICEF está gerando interpretações equivocadas. O texto discute como melhorar a proteção das crianças na internet e apresenta os numerosos riscos e danos associados ao acesso das crianças à pornografia e a outros conteúdos nocivos online. A posição do UNICEF é clara: nenhuma criança deve ser exposta a conteúdo nocivo, online ou offline.

Após a publicação, alguns trechos levaram a interpretações incorretas e diferentes do que o UNICEF defende. O texto foi tirado do ar para que fossem realizados os ajustes necessários, e está em revisão. O UNICEF está alarmado com a enorme quantidade de conteúdo pornográfico disponível online e facilmente acessível às crianças. Conteúdo pornográfico é extremamente prejudicial para as crianças. Pode levar a problemas de saúde mental, sexismo e objetificação, agressão sexual e outros resultados negativos.

O UNICEF trabalha para promover a segurança online das crianças. O UNICEF incentiva governos, indústria de tecnologia, escolas, pais e comunidades a que façam tudo ao seu alcance para proteger as crianças de todos os conteúdos prejudiciais. No Brasil, o UNICEF vem trabalhando com seus parceiros na proteção de meninas e meninos contra as diferentes formas de violência. Saiba mais em unicef.org/brazil/protecao.

Por fim, não é difícil encontrar outros documentos que reforçam a posição da Unicef contra a exposição de crianças à pornografia e situações constrangedoras. O órgão possui um manual de implementação de protocolo que fala sobre a venda de crianças, prostituição e pornografia infantil. O documento oferece orientação aos Estados Pares para lidar com essas situações. Além disso, em seu Programa de Proteção, a Unicef trabalha contra a violência infantil e em prol de melhorias em legislações e políticas públicas de proteção à criança.

Em resumo: a história que diz que a Unicef afirmou em um relatório que a pornografia não seria prejudicial ao desenvolvimento das crianças é falsa! O relatório do artigo divulgado e coordenado pela Unicef, de fato, gerou dubiedades. Entretanto, não incentiva a exposição de crianças à pornografia. Além disso, os resultados são claros: expor crianças a conteúdos adultos gera malefícios e danos no desenvolvimento infantil. O artigo foi retirado do ar para ajustes e revisão que visam eliminar a dubiedade das informações. Por fim, outras ações da Unicef reforçam a posição contrária do órgão à exposição de crianças à pornografia. Ou seja, a história não passa de balela.

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61)99177-9164.

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