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Mourão pede intervenção militar em discurso de 2021 e dá xeque-mate no STF #boato

Mourão dá xeque-mate no STF ao pedir intervenção militar em discurso de 2021, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – O vice-presidente, general Hamlton Mourão, perdeu a paciência com o STF e, em 2021, deu um “xeque-mate” no Supremo ao pedir intervenção militar em um discurso.

Não é a primeira vez que, quando o governo Bolsonaro está acuado (como agora, com a instalação da CPI da Covid), apoiadores mais radicais dele pedem intervenção militar. Muitas dessas pessoas estão compartilhando uma declaração do vice-presidente, general Hamilton Mourão, como se fosse recente.

Vídeos no YouTube, Facebook, Instagram e WhatsApp dão conta de que Mourão “perdeu a paciência” e deu um “xeque-mate” no Supremo em 2021 ao pedir intervenção militar no Brasil durante um discurso. Leia algumas das mensagens que circulam online e assista ao vídeo:

Versão 1: Nosso Vice-presidente General Hamilton Mourão em entrevista dá um Xeque -mate para o STF. Versão 2: URGENTE: General Mourão CHUTA o BALDE não tem mais diálogo com STF! Versão 3: “INTERVENÇÃO MILITAR”?? MOURÃO FAZ ALERTA AO JUDICIÁRIO VEJA

Vídeo: é falso que imagens mostram Lulinha agredindo a esposa

Mourão dá xeque-mate no STF ao pedir intervenção militar em 2021?

O vídeo se espalhou com muita força pelas redes sociais bolsonaristas. É impossível negar que se trata de Mourão no vídeo. Porém, a filmagem do general não foi feita recentemente e a postura do vice-presidente é, digamos, mais comedida do que na filmagem.

Ao analisar as imagens, logo vimos que não se trata de um evento em 2021. A ausência de máscaras denota que o vídeo pode ser antigo e o uniforme de general (que não está sendo utilizado Ao buscar pela transcrição do vídeo em questão, chegamos a esse teor.

É óbvio, né, que quando nós olhamos com temor e com tristeza os fatos que estão nos cercando, a gente diz: ‘Pô, por que que não vamo derrubar esse troço todo?’ Na minha visão, aí a minha visão que coincide com os meus companheiros do Alto Comando do Exército, nós estamos numa situação daquilo que poderíamos lembrar lá da tábua de logaritmos, ‘aproximações sucessivas’. Até chegar o momento em que ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso. Agora, qual é o momento para isso? Não existe fórmula de bolo.

Nós temos uma terminologia militar que se chama ‘o Cabral’. Uma vez que Cabral descobriu o Brasil, quem segue o Cabral descobrirá alguma coisa. Então não tem Cabral, não existe Cabral de revolução, não existe Cabral de intervenção. Nós temos planejamentos, muito bem feitos. Então no presente momento, o que que nós vislumbramos, os Poderes terão que buscar a solução. Se não conseguirem, né, chegará a hora que nós teremos que impor uma solução. E essa imposição ela não será fácil, ele trará problemas, podem ter certeza disso aí.

E a minha geração, e isso é uma coisa que os senhores e as senhoras têm que ter consciência, ela é marcada pelos sucessivos ataques que a nossa instituição recebeu, de forma covarde, de forma não coerente com os fatos que ocorreram no período de 64 a 85. E isso marcou a geração. A geração é marcada por isso. E existem companheiros que até hoje dizem assim, ‘poxa, nós buscamos a fazer o melhor e levamos pedradas de todas as formas’. Mas por outro lado, quando a gente olha o juramento que nós fizemos, o nosso compromisso é com a nação, é com a pátria, independente de sermos aplaudidos ou não.

Ao buscar pelo conteúdo, chegamos a esse episódio. Em 2017, Mourão causou polêmica ao falar na “tal solução” caso o STF não resolvesse o “problema político no Brasil”. Entre 2017 e 2021, Mourão se candidatou a vice, venceu (junto com Bolsonaro) as eleições e teve que desmentir algumas vezes que pensaria em uma intervenção militar.

Em maio de 2020, ele disse que um golpe está fora de cogitação e disse que não vê motivo algum para ação do tipo. Um mês depois ele reforçou que não cabe mais esse tipo de ação em pleno Século 21. Independentemente se foi uma mudança de posição ou só uma constatação da realidade, o fato é que ele já não faz uma defesa veemente como outrora.

Resumindo: a história que aponta que o general Mourão falou, em um discurso, sobre intervenção militar em 2021 é falsa. O vídeo é de 2017 e o próprio vice-presidente não defende com tanta veemência um golpe no Brasil.

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61)99177-9164. 

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