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Condenado por desvios na Caixa é assessor econômico de Dias Toffoli no STF #boato

Condenado por desvios na Caixa é assessor econômico de Dias Toffoli no STF, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – Fugitivo da Justiça que roubou R$3 milhões do FGTS se torna assessor econômico do presidente do STF Dias Toffoli.

Nas últimas semanas, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm sido alvo de diversos ataques de brasileiros tanto na internet quanto nas ruas.

O ministro do STF Alexandre de Moraes chegou até a receber críticas do próprio presidente Jair Bolsonaro. A situação não foi bem recebida pelo STF, especialmente por conta do presidente da corte, Dias Toffoli, tentar uma aproximação com Bolsonaro em meio aos ataques.

E como basicamente quase tudo (ou tudo) nesse país se torna motivo para fake news, isso com certeza não poderia ficar de fora. Nos últimos dias, uma história tem chamado a atenção nas redes sociais. De acordo com a publicação, um homem identificado como “esquerdista gerente de banco” teria roubado R$3 milhões do FGTS e se tornado fugitivo da Justiça. Entretanto, segundo a publicação, ele teria se tornado assessor econômico do presidente do STF, Dias Toffoli. Ainda de acordo com a história, o homem nunca teria sido preso. Confira:

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“VAI VENDO… Era uma vez um esquerdista gerente de uma agência da Caixa Econômica Federal no Lago Sul, em Brasília. Certo dia, cerca de 4 anos atrás, ele resolveu roubar 3 milhões do FGTS e tornou-se fugitivo da Justiça. Curiosamente ele nunca foi preso, pois escondeu-se muito bem. Adivinha aonde? Bem, durante estes 4 anos ele tem trabalhado como assessor de economia do presidente do STF, ministro Dias Toffoli. Curioso, não?”.

Condenado por desvios na Caixa é assessor econômico de Dias Toffoli no STF?

A história causou intriga nas redes sociais e viralizou entre os indignados com toda a suposta situação. Mas será que essa história de que um homem que roubou R$3 milhões do FGTS seria assessor econômico do ministro do STF Dias Toffoli é real? Não é!

Vamos lá! Para começo de história, a publicação apresenta várias características de boatos online. Ela é vaga, alarmista, possui erros de português e não apresenta fontes confiáveis (é apenas mais uma denúncia sem qualquer tipo de indício de prova).

Ao buscar mais informações sobre o assunto, descobrimos que, de fato, o homem que aparece na imagem da publicação trabalha no Supremo Tribunal Federal.

Em 2013, inclusive, ele foi personagem de uma matéria sobre um caso “curioso” de sua vida. Em 2009, o servidor do STF foi condenado a 14 anos de prisão por lavagem de dinheiro. De acordo com a matéria do jornal O Globo, ele vinha fornecendo endereços errados à Justiça com o intuito de fugir da intimação. Em outubro de 2009, porém, ele acabou comparecendo a 10ª Vara Federal de Brasília para evitar ser notificado dentro do STF.

Dito isso, ainda há a questão da verdadeira ocupação do servidor dentro do STF. Assim como aponta a própria reportagem do jornal O Globo, o servidor trabalha na corte por meio de concurso público. Ele é analista judiciário, concursado do STF, desde 2003. No Portal da Transparência, é possível ver mais detalhes sobre o cargo e os rendimentos do servidor.

Pois bem, como deu para perceber, o homem não trabalha como assessor econômico do ministro Dias Toffoli, muito menos para assuntos financeiros. Entramos em contato com a assessoria do presidente do STF (essa, sim, de verdade) e a resposta foi simples. O homem nunca trabalhou no gabinete do ministro Dias Toffoli.

Em resumo: a história que diz que um homem que roubou R$3 milhões do FGTS seria assessor econômico do presidente do STF Dias Toffoli é falsa! O homem que aparece na imagem que acompanha a publicação, de fato, trabalha no STF. Mas ao contrário do que aponta a história, ele é analista judiciário, concursado, desde 2003 e não trabalha no gabinete de Toffoli. Ou seja, tudo não passa de balela. Até a próxima!

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61) 99177-9164. 

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