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Publicação que afirma que o ministro de Alexandre de Moraes teria proibido o pequi em Lontra, Japonvar e Januária (MG) é falsa

Alexandre de Moraes proibiu pequi em Lontra, Japonvar e Januária (MG), diz boato (Foto: Reprodução/TikTok)

Boato – História aponta que o ministro do STF Alexandre de Moraes proibiu a venda de pequi em Lontra, Japonvar e Januária

  Análise

É pra acabar com o pequi do Goiás! Amado por muitos, odiado por alguns, parece que nem o pequi escapou das normativas do Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo menos, é o que diz uma história que está circulando no TikTok.

Segundo um vídeo que está sendo compartilhado nas redes sociais, o ministro Alexandre de Moraes teria iniciado uma batalha contra os mineiros. Isso porque, ainda segundo a história, Alexandre de Moraes teria proibido o consumo e a venda do pequi nas cidades de Lontra, Japonvar e Januária (MG), acirrando ainda mais a disputa histórica entre Minas Gerais e Goiás pelo título de “capital do pequi”. “Ministro Alexandre de Moraes proibe venda de pequi em; Lontra, Japonvar e Januária”, diz o texto.

A história de hoje começou a circular, principalmente, no Tik Tok e, logo, se espalhou pelo restante da internet. Porém, ao analisar o vídeo que acompanha as publicações, identificamos algumas características recorrentes em fake news na internet, como o caráter vago, alarmista e a ausência de notícias sobre o assunto (que, com certeza, iria parar Minas Gerais).

Checagem

Com isso, separamos três perguntas para desvendar essa história: 1) Alexandre de Moraes proibiu o pequi nas cidades de Lonta, Japonvar e Januária? 2) Há como existir alguma proibição de venda ao pequi? 3) O que fazer quando eu me deparar com esse tipo de história nas redes sociais?

Alexandre de Moraes proibiu o pequi nas cidades em questão?

Não. Não existe nenhum despacho aprovado por Alexandre de Moraes que proíba a venda do pequi, muito menos nas cidades de Lontra, Japonvar e Januária (MG). A história surgiu do nada e não tem nenhum embasamento.

Há como existir alguma proibição ao pequi?

Sabemos que o STF pode sim proibir o uso de substância ou produtos que façam mal à saúde ou tragam algum tipo de malefício para os brasileiros. Mas não é o caso do pequi. O que existe circulando na Justiça é uma proposta de manejo sustentável do pequi. O fruto é proveniente do Cerrado e o projeto visa proibir a derrubada e o uso predatório dos pequizeiros. O intuito do projeto é valorizar e incentivar o cultivo, o beneficiamento e a comercialização dos produtos nativos do Cerrado, visando o desenvolvimento sustentável do Cerrado.

O que fazer quando eu me deparar com esse tipo de história nas redes sociais?

Desconfiar. Apesar das redes sociais comportarem muitas informações verdadeiras, é preciso estar atento às fake news (que circulam com frequência nesses espaços). Sempre que se deparar com uma informação alarmista e sem muitos detalhes, desconfie. Procure pela informação em veículos de comunicação confiáveis, pois notícias alarmistas e chocantes como essa com certeza serão veiculadas na imprensa.

Além disso, também vale procurar em site de checagem de informação, como o Boatos.org, para saber se a história em questão se trata de uma fake news ou possui algum erro. Cautela nunca é demais. Em uma sociedade marcada pela urgência e velocidade de informação, parar e refletir antes de compartilhar é mais do que necessário.

Conclusão

Fake news ❌

O ministro Alexandre de Moraes não mandou proibir a venda do pequi nas cidades de Lontra, Japonvar e Januária (MG). A história surgiu do nada e não existem elementos que consigam provar a afirmação. Não há normativas ou projetos aprovados pelo ministro Alexandre de Moraes que falem sobre o pequi ou sua proibição. Ao que tudo indica, alguém criou essa história para acirrar ainda mais a disputa histórica entre Goiás e Minas Gerais pelo título de “capital do pequi”. Por isso, sempre que se deparar com esse tipo de publicação, desconfie.

Ps: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo siteFacebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.

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