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É falsa a história sobre chips implantados por Mossad no ânus de militares do Irã em operação “Waze Ass”

Mossad implantou chips no ânus de militares iranianos em operação Waze Ass, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – O Mossad teria implantado chips no ânus de militares iranianos em uma suposta operação chamada “Waze Ass”

Análise

Uma história curiosa, e bastante inusitada, tem circulado com força nas redes sociais e em fóruns internacionais. Segundo o enredo, agentes do Mossad, serviço secreto de Israel, teriam implantado rastreadores GPS no ânus de militares iranianos durante colonoscopias, em uma operação secreta batizada de “Waze Ass”.

O relato descreve, com detalhes, como a suposta operação teria ocorrido, misturando espionagem, tecnologia e humor. O texto, repleto de sarcasmo e frases de duplo sentido, rapidamente viralizou entre internautas, principalmente pelo caráter bizarro e pela referência ao aplicativo de navegação Waze. Leia o conteúdo que circula online:

O regime iraniano passou décadas construindo bunkers, criptografando comunicações e expurgando espiões. Mas mesmo a ditadura mais paranoica da Terra não previu o truque mais antigo da história: assistência médica preventiva. Entra em cena o Mossad. Durante anos, a principal divisão de tecnologia do Mossad trabalhou em implantes de micro-GPS projetados para rastreamento furtivo. Mas a questão era: onde escondê-los? Alguns disseram que seriam debaixo das unhas.

Outros sugeriram obturações dentárias. Mas Benjamin Netanyahu tinha visão. “Enfia no c… deles”, sussurrou ele. “Ninguém nunca verifica lá duas vezes.” (A menos que seja usado para atividades de lazer, é claro). A inteligência israelense se infiltrou discretamente no sistema médico militar do Irã, não com armas ou drones, mas com estetoscópios e maneiras tranquilas de lidar com os pacientes. Eles lançaram uma rede de “clínicas” altamente respeitadas que, de alguma forma, garantiram contratos estatais, principalmente porque seus folhetos pareciam modernos e os saguões ofereciam jazz suave e baklava.

Comandantes de alto escalão do IRGC, engenheiros nucleares e suspeitos especialistas em mísseis foram incentivados a comparecer a exames físicos anuais. E, como um relógio, todos concordaram em realizar colonoscopias anestésicas. Por quê? Porque até os arquitetos do terror têm medo de pólipos. O que aconteceu depois foi o auge do Mossad: Enquanto esses homens estavam desmaiados, agentes israelenses do Mossad implantaram cirurgicamente rastreadores GPS de alta tecnologia onde o sol não brilha.

Esses minúsculos dispositivos foram conectados diretamente ao Waze, o aplicativo de navegação israelense que ajudou milhões de pessoas a evitar o trânsito e agora também ajuda a rastrear oficiais do regime a caminho de instalações secretas de armas, bordéis e clínicas turcas de transplante capilar. O codinome da operação? “Waze Ass.” Esta operação altamente sofisticada do Mossad é uma verdadeira análise passo a passo! A missão foi ousada. Precisa. Cirúrgica. E, no final, o Mossad desmantelou o regime do IRGC, um babaca de cada vez.

Checagem

Em meio a tanta repercussão, surgiram dúvidas sobre a veracidade da história e sua origem, levando muitos a compartilhá-la como se fosse real. E não é. Na checagem, vamos responder a três perguntas fundamentais: 1) Mossad implantou chips no ânus de militares iranianos em operação Waze Ass? 2) Como a Mossad descobriu a localização de militares iranianos para realização de ataques? 3) A história faz algum sentido?

Mossad implantou chips no ânus de militares iranianos em operação Waze Ass?

Não. A história não é real. Ela surgiu em tom humorístico e satírico, publicada originalmente como uma piada que brinca com as capacidades da espionagem israelense e com o aplicativo Waze. Não há qualquer registro ou indício em fontes jornalísticas sérias ou agências de inteligência de que tal operação tenha acontecido.

Como a Mossad descobriu a localização de militares iranianos para realização de ataques?

Os métodos reais utilizados pelo Mossad para rastrear e eliminar alvos iranianos não têm relação com a história viral. Investigações jornalísticas apontam que a inteligência israelense utiliza técnicas como infiltração de agentes, monitoramento de sinais eletrônicos (incluindo celulares e GPS) e cooperação com outras agências. Não há qualquer indício de uso de implantes médicos para rastreamento, muito menos em procedimentos como colonoscopias.

A história faz algum sentido?

Não, a história é claramente fantasiosa e carregada de elementos absurdos, como o suposto envolvimento direto do aplicativo Waze no rastreamento. Além disso, o tom do texto original já indica o viés cômico, com frases propositalmente exageradas e jocosas. Trata-se de mais um caso em que uma sátira foi retirada de contexto e viralizou como se fosse um fato real.

Conclusão

A história sobre a operação “Waze Ass” é totalmente falsa e surgiu como uma sátira que acabou viralizando fora de contexto. Não existe qualquer registro de que o Mossad tenha realizado implantes de chips em militares iranianos durante colonoscopias. Trata-se apenas de um conteúdo de humor que foi espalhado como se fosse verdadeiro.

Fake news ❌

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