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Vacinas são, na realidade, “assachinas” que causaram 45 mil mortes no Havaí e 32 mil no Brasil #boato

Vacinas são, na realidade, assachinas que causaram 45 mil mortes no Havaí e 32 mil no Brasil, diz boato (Foto: Reprodução/Twitter)

Boato – Vacinas são armas biológicas para exterminar população e já mataram milhares no Havaí (EUA) e Brasil.

Ao que tudo indica, a crença equivocada de que vacinas contra a Covid-19 são substâncias perigosas (e que podem causar a morte de quem recebeu alguma dose) voltou com força para a internet. Esse tipo de fake news foi muito comum no começo do ano e parece ter ganhado força nos últimos dias.

De acordo com uma história que está sendo compartilhada nas redes sociais, um relato seria a prova do “mal feito pelas vacinas”. O relato aponta que as vacinas já mataram 45 mil pessoas no Havaí e 32 mil no Brasil, estão exterminando a população e afirmou que a Ciência está trabalhando com as bigfarmas, desenvolvendo vacinas que seriam armas biológicas. Confira:

Desde o início desta famigerada PANDEMIA recuperando pacientes acometidos deste vírus. Já perdi a conta depois dos mais de 360 pacientes recuperados, sem nenhum ÓBITO entre eles. De hoje em diante e, diante dos fatos que estou vivenciando na clínica, vou  me referir as VACHINAS como : asSACHINAS. Nunca na história da humanidade houve um massacre tão programado, tão bem arquitetado, tão bem preparado como o que está acontecendo para eliminação  do ser humano. O extermínio do próprio  semelhante, causado por substâncias asSACHINAS, fabricadas e injetadas no corpo d pessoas, dos nossos semelhantes. Anunciadas como salvadoras, como protetoras, como imunizadoras, elas estão fazendo justamente o contrário. Estão matando mais que a praga chinesa. Elas  são na verdade a maior ARMA  BIOLOGICA de extermínio humano. Isto mesmo. Uma arma contra a HUMANIDADE. 

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A CIÊNCIA NAO FALHOU. ELA ACERTOU no seu propósito, pois ficou a serviço dos interesses e dos ganhos escandalosos das bigfarmas (irresponsabilizadas  do que  pudesse acontecer) serviram ao enriquecimento de seus proprietários. O custo disto tudo é a crueldade como estão implantando esse projeto macabro. Estão ceifando vidas humanas, vidas inocentes, dos incautos, dos desinformados, dos neófitos, dos jovens e a imprensa comprometida ajudando esse extermínio.  Até onde vai essa sandice? Essa vergonha ? São mais de 45 mil mortos no Hawaii, já são mais de 32 mil no Brasil. Mortes  todas causadas em pelas asSACHINAS. E a imprensa comprometida, não divulga nada. Será que está paga para ficar calada ? A espectativa não é das melhores, pelo contrário é a mais sombria. A diversidade de sintomas e do comprometimento orgânico no adoecimento entre os que tomaram essas substâncias que eu chamo asSACHINAS, em verdade, me espanta. 

Sinais e sintomas leves que se agravam numa velocidade tão espantosa  e que não respondem aos antibióticos e  antiinflamatórios, ao repouso e muito líquido, o que antes resolvia. Agora, não resolvem mais. Estes pacientes que agravam suas  condições muitas vezes com os exames de sangue NADA ACUSANDO, ou só mostrando algum distúrbio quando seu estado já se tornou irreversível pelo comprometimento múltiplo de seus órgãos. Elas estão MATANDO e matarão mais que a praga chinesa, sem contar os mutilados que restarão. Que Deus permita que eu  esteja errado, que isso seja  apenas um pesadelo, das muitas noites insones que os plantões de pronto socorro me impuseram; INFELIZMENTE,  não é isso que estou vivenciando na clínica todos os dias. Fica o alerta de velho profissional da saúde que sempre zelou pela VIDA”.

Vacinas são, na realidade, “assachinas” que causaram 45 mil mortes no Havaí e 32 mil no Brasil?

É claro que essa história para boi dormir fez um enorme sucesso entre grupos antivacinas e bolsonaristas. Apesar disso, a informação não é real. E a explicação fica por conta da falta de dados e da presença de teses falsas para sustentar o texto.

Ao olhar para o texto, logo de cara ficamos desconfiados. Isso porque ele apresenta diversas características de fake news na internet, como o caráter vago, extremamente alarmista, os erros de português e a falta de fontes confiáveis.

Além disso, a equipe do Boatos.org já desmentiu inúmeras histórias que afirmavam que a vacina poderia matar as pessoas. Exemplo disso é a história que dizia que as pessoas deveriam fazer tratamento para evitar efeitos nocivos da vacina contra a Covid-19. Também a que indicava que jovens estariam morrendo após tomar a vacina da Pfizer contra a Covid-19 e, por fim, a que apontava que pilotos da Gol e da British teriam morrido após tomarem a vacina contra a Covid-19.

Ao procurar por mais informações, lembramos de um desmentido feito pela equipe do Boatos.org, em fevereiro de 2021. Na oportunidade, o mesmo homem citado na história de hoje divulgou um vídeo afirmando ser possível fazer nebulização caseira com bicarbonato de sódio e água oxigenada para tratar e prevenir a Covid-19. Na época, ressaltamos que a prática, além de não recomendada, também é perigosa.

Se isso não bastasse, as informações citadas no texto de hoje também não procedem. Não é possível dizer que as vacinas são assassina ou “assachinas”. O termo “assachina”, inclusive, é uma palavra extremamente xenófoba e preconceituosa.

Não é nem preciso lembrar que as vacinas, conjuntamente com as outras medidas de proteção, são as formas mais reais e eficazes de superarmos essa pandemia! Isso porque as medidas de proteção ajudam a evitar que você tenha contato com o vírus e, caso venha a ter, ainda existe a proteção da vacina que impede que você desenvolva uma forma mais grave da doença.

Essas e outras informações podem ser adquiridas em diversos canais de divulgação científica, como o da Tassiana e do Danilo, que são infectologistas e compartilham orientações sobre a pandemia. Além disso, temos estudos bastante robustos que atestam a eficácia e a segurança das vacinas. Ou seja, não existem desculpas para não se vacinar! Ao se vacinar, você não está protegendo somente a você, mas todos ao seu redor.

Se tudo isso não fosse suficiente, o texto ainda tem mais informações falsas sobre o assunto e que, inclusive, já foram desmentidas por outros serviços de checagem. Aqui no Boatos.org, por exemplo, já desmentimos a informação falsa de que as vacinas são armas biológicas e que pessoas vacinas podem transmitir doenças para não-vacinados.

Já a tese sobre a morte de 45 mil pessoas no Havaí (EUA), por causa da vacina contra a Covid-19, foi desmentida pelo serviço de fact-checking MonitoR7. De acordo com o site, o dado foi divulgado por um grupo de médicos negacionistas, que retirou os números de um site oficial dos Estados Unidos que estava obtendo informações, para averiguação posterior, sobre efeitos colaterais da vacinação. Ainda segundo o MonitoR7, o site em questão é público e qualquer pessoa pode adicionar qualquer informação (mesmo que seja mentira).

Por fim, não sabemos de onde saiu o dado de 32 mil mortes no Brasil por causa das vacinas contra a Covid-19. Como todos sabem, depois que a imunização foi iniciada no Brasil, o número de mortes diminuiu e muito. Além disso, de acordo com um monitoramento dos pesquisadores da USP e da Unesp, 96% das mortes registradas no país, entre fevereiro e julho de 2021, foram de pessoas não-vacinadas. Já sobre os remédios citados, além de não haver comprovação científica de que antibióticos e antiinflamatórios curem a Covid-19, não é recomendado que pessoas tomem esse tipo de medicamento por conta própria. Dessa forma, se as pessoas se recuperavam antes da Covid-19, isso não tinha relação alguma com os remédios.

Em resumo: a história que diz que as vacinas são armas biológicas, “assachinas” e causaram a morte de 45 mil pessoas no Havaí (EUA) e 32 mil no Brasil é falsa! O homem que escreveu o texto já é um velho conhecido do Boatos.org e teve outra história desmentida por aqui. Além disso, o texto usa teses falsas, como os 45 mil mortos no Havaí. Na realidade, esse dado surgiu a partir de uma interpretação equivocada (e provavelmente maldosa) de um site oficial dos EUA, que tinha como objetivo mapear efeitos adversos da vacinação. Se isso não bastasse, o texto é completamente xenófobo e ainda defende o tratamento precoce. Ou seja, a história não passa de balela.

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.

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