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Vacinação em massa criará novas variantes da Covid-19, acabar com sistema imunológico e destruir a humanidade #boato

Vacinação em massa criará novas variantes da Covid-19, acabar com sistema imunológico e destruir a humanidade, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – Cientista alerta que a vacinação em massa criará novas variantes da Covid-19 e destruirá o sistema imunológico das pessoas.

Enquanto o agravamento da pandemia de Covid-19 provoca medidas mais restritivas, recorde de mortes e um colapso generalizado no sistema de saúde do país, grupos contrários à imunização da população espalham teorias da conspiração e informações falsas por aí.

A última que circula online aponta para um “alerta” sobre os efeitos da vacina. A publicação afirma que um virólogo alertou que as vacinas contra a Covid-19 irão desligar o sistema imunológico e criar novas variantes da Covid-19. Para ele, a vacinação em massa pode destruir o sistema imunológico, causar mutações do vírus e criar cepas mais infecciosas. Leia o que dizem algumas versões:

Versão 1: Uma Catástrofe COVID se AVIZINHA. Dr. Geert Vanden Bossche (virólogo e criador de vacinas), diz que as vacinas covid-19 vão “desligar” o nosso sistema imunológico, e não resistiremos a uma próxima mutação da covid-19. Está muito bem explicado neste vídeo, como o nosso sistema imunológico ficará “OFF” com a vacinação, impedindo o nosso sistema imunológico de identificar o coronavírus e resistir a ele. Versão 2: Vacinação Covid-19 em massa irá liberar um vírus incontrolável, alerta cientista ao mundo. Vacinação Covid-19 em massa irá liberar um vírus incontrolável, alerta cientista ao mundo.

Vacinação em massa criará novas variantes da Covid-19, acabar com sistema imunológico e destruir a humanidade?

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A hipótese de que a vacina pode destruir o sistema imunológico e criar novas variantes do vírus deixou muita gente de cabelo em pé. Mas, no fim, a preocupação foi em vão, já que as informações, além de contestadas, não fazem o menor sentido.

A começar pelo histórico de boatos antivacina. Por aqui, no Boatos.org, já desmentimos histórias que afirmavam que a ivermectina era mais eficaz que as vacinas, pessoas morreram por causa da vacina e que a população corre risco grave ao tomar a vacina. Coincidência ou não, todas elas tentaram a mesma coisa: demonizar o uso de vacinas.

Pois bem, as publicações se embasam nas declarações de um sujeito que já teve suas hipóteses contestadas. O médico Zubin Damania, do ZDoggMD Show, afirmou que as próprias afirmações do virólogo justificam por que a vacinação em massa é a resposta. Zubin explica que uma das afirmações do virólogo é que as vacinas não previnem ou reduzem a transmissão assintomática em pessoas vacinadas, o que é errado, já que dados mostram que a transmissão assintomática tende a reduzir.

O Deplatform Disease também contestou as afirmações e afirmou que as alegações sobre a vacina são especulativas e que não possuem evidências. No texto, Edward Nirenberg explica que o argumento do virólogo está baseado na ideia de que as vacinas não têm um efeito significativo na transmissão, mas que vários estudos provam justamente o contrário.

Se a gente parar para pensar, o cenário tem apresentado outro quadro, na verdade, o que está levando a variantes é justamente a falta de vacinas e a disseminação desenfreada do vírus. Isso ocorre porque toda vez que infecta uma pessoa, o coronavírus (assim como outros) cria cópias. As mutações surgem justamente se algumas dessas cópias saírem com o código genético diferente do vírus que o criou. Aí resta uma questão matemática: quanto mais pessoas se infectarem, mas chances de uma dessas “cópias com defeito” ser mais resistente do que o vírus original e se tornam “dominante”.

Além disso, muitas das vacinas disponíveis apresentaram proteção à variante brasileira do vírus. De acordo com o estudo da Universidade de Oxford, que examinou o impacto dos anticorpos induzidos naturalmente e pelas vacinas em diferentes variantes do vírus, os anticorpos ainda podem neutralizar as variantes em níveis menores. Vale lembrar ainda que é possível fazer ajustes na vacina para que o imunizante reaja às variantes, como é o caso da Pfiser que já está cogitando novas versões de suas vacinas para reagir às variantes identificadas até agora.

Por fim, mas não menos importante, a informação também é contraditada pelo histórico com outros vírus, que foram erradicados pela vacina. Um bom exemplo foi a Campanha de Vacinação contra a Varíola, que atingiu 100% da população e garantiu ao país a erradicação da varíola em 1973.

Resumindo: as afirmações  sobre os efeitos da vacina não fazem o menor sentido, o que prova que o melhor caminho ainda é a ciência, o uso de máscaras de proteção e o isolamento social.

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61)99177-9164. 

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