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Hitler viveu no Brasil após Segunda Guerra Mundial #boato

Boato – Hitler, o responsável pela maior carnificina da história, pode morrido no Brasil e aqui ter sido casado com uma negra para esconder a sua identidade. Ele teria vivido em Mato Grosso.

Esqueça tudo que você aprendeu sobre o ícone da supremacia ariana e responsável pela morte de milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial. Segundo a pesquisadora brasileira Simoni René Guerreiro Dias, o Führer terminou os seus dias em terras tupiniquins.

A notícia tem percorrido a redes sociais desde o final de janeiro de 2014. A dissertação de mestrado da autora afirma que Hitler não se suicidou no fim da Segunda Guerra. Ele teria forjado a sua morte e vindo para a cidade de Santana do Livramento (MT). No seu livro, intitulado “Hitler no Brasil – Vida e Morte”, ela defende que ele teria vivido até os 95 anos de idade sob o nome de Adolf Leipzig.

Conhecido como “ velho alemão”, ele teria passado pela Argentina e Paraguai antes de chegar ao Mato Grosso. Após ter recebido um mapa de aliados dentro do Vaticano, ele teria vindo à América em busca de tesouros perdidos dos jesuítas e de anonimato. Na busca para provar que não odiava qualquer um que não se enquadrasse no seu padrão, ele teria se casado com uma mulher negra chamada Cutinga (aqui se apresenta possíveis evidências do Führer no Brasil).

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O próprio “DailyMail” britânico, publicou um artigo com o assunto no dia 25/01/2014, destacando-se algumas partes.

Acredita-se que ele morreu em um bunker (um forte militar) após atirar em si próprio quando percebeu que a Alemanha havia perdido a Segunda Guerra Mundial. Mas, um novo livro afirma que Adolf Hitler, na verdade, escapou e morreu incógnito em 1984 em uma cidadezinha do Brasil, perto da fronteira com a Bolívia – e pode ser provado por uma foto.”

“Não apenas isso, a autora também acredita que o Führer voou até a Argentina e depois até o Paraguai, antes de chegar a uma cidade de Mato Grosso (Brasil), para caçar um tesouro enterrado, com um mapa dado a ele pelo Vaticano, de acordo com a autora.”

 ‘Em sua elaborada fuga para escapar da prisão, Hitler também teve um relacionamento com uma mulher negra chamada Cutinga, para provar que ele não poderia ser o ditador que odiava a todos que não fossem do seu ideal ariano’. 

Evidências históricas à parte, podemos afirmar que boa parte das teorias sobre o fim da vida de Hitler são apenas suposições. Para início de conversa, a autora do estudo não é historiadora como alguns sites afirmam, mas formada em Educação Artística, e acabou se interessando pelo assunto após ouvir alguns boatos.

Procurando pelo seu currículo na Plataforma Lattes do CNPQ, que é o cartão de visitas de qualquer pesquisador, não conseguimos encontrar nenhum dado. E nem mesmo a dissertação de mestrado que defenderia a ideia, visto que uma pesquisa dessa amplitude seria de acesso público fácil.

Quanto às supostas teorias sobre a morte de Hitler, existem inúmeras versões. A versão oficial da história nos garante que, ao perceber que a Alemanha perderia a Guerra, o ditador teria se dirigido ao médico Werner Haasem em busca de um método eficaz de suicídio. Então, no dia 30 de abril de 1945, ele e sua esposa Eva Braun teriam ingerido cianureto e ele teria se dado um tiro na cabeça. Este tiro teria sido ouvido pelos presentes na casa, ainda que não haja provas.

O historiador e pesquisador Cândido Moreira Rodrigues, professor da Universidade Federal do Mato Grosso afirmou na reportagem ao G1 a historiografia é cheia de evidências de que Hitler e sua esposa Eva se suicidaram no bunker onde tentavam resistir aos soviéticos. Os próprios nazistas devem ter se responsabilizados pela incineração dos corpos.

“Não é novidade o fato de que muitos que se dizem historiadores venham a levantar hipóteses as mais diversas sobre as possíveis estadias de Hitler na América do Sul e a sua consequente morte num dos países desta região do mundo.

Conclusão: mais uma suposição entre tantas. A maioria dos historiadores continuam apontando a teoria da vinda de Hitler à América como uma “desgraça”. Simplesmente porque não há substância e lógica que comprovem os fatos. O válido nesses casos das “grandes teorias conspiratórias” é apelar para o respaldo das pesquisas históricas sérias ( acompanhe esse documentário sobre a vida de Hitler). E também porque não deixa de ser um alívio saber que o “Velho Alemão” não esteve realmente “tão próximo”. E outra: se era para se esconder no Brasil, porque manter o mesmo nome, se poderia virar o “Zé” ou o “Fritz”?