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Caldeirão do Huck era financiado pela Lei Rouanet #boato

Caldeirão do Huck era financiado pela Lei Rouanet, diz boato (Foto: Reprodução/Facebook)

Boato – “Lar Doce Lar” e “Lata Velha”, do Caldeirão do Huck, eram patrocinados pela Lei Rouanet e Rede Globo manipulava informações

Luciano Huck permaneceu à frente do Caldeirão do Huck por longos 22 anos. Contratado em 1999 pela Rede Globo para apresentar o programa exibido todos os sábados, Huck deixou a atração em setembro de 2021.

Mas a saída de Luciano Huck, de um programa que até levava o seu nome, teve um grande motivo: assumir o comando do antigo Domingão do Faustão. Enquanto isso, Marcos Mion substituiu Huck à frente do Caldeirão.

Mas de acordo com uma história que está circulando nas redes sociais, parece que o Caldeirão do Huck teria recebido incentivos para a realização de seus quadros semanais. Segundo uma mensagem que circula online, Luciano Huck teria realizado os quadros “Lar Doce Lar” e “Lata Velha” com o dinheiro da Lei Rouanet. Ainda segundo ela, a Rede Globo teria manipulado diversas informações. Confira:

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“Vcs vão ficar chocados quando descobrirem que quem financiava o Caldeirão do Huck era a lei Rouanet. Aqueles quadros de “ajuda” à reforma de casas e de carros, tudo isso era “patrocinado” pelo dinheiro do contribuinte brasileiro”.

Caldeirão do Huck era financiado pela Lei Rouanet?

A informação viralizou nas redes sociais, em especial, no Twitter e deixou muitos revoltados. Entretanto, a história não é verdadeira. A explicação fica por conta da falta de provas.

Logo de cara, ficamos desconfiados com a mensagem. Isso porque ela apresenta as principais características de fake news, como o caráter vago, extremamente alarmista e a falta de fontes confiáveis.

Além disso, fake news envolvendo a Lei Rouanet, infelizmente, são comuns na internet. A equipe do Boatos.org já desmentiu inúmeras delas. Em especial, uma bastante parecida com a história de hoje. Em 2018, nossa equipe desmentiu que Bolsonaro teria mandado Luciano Huck devolver milhões da Lei Rouanet e do BNDES.

Ao pesquisar um pouco mais sobre o assunto, descobrimos que a história de hoje nasceu em sites que, no passado, costumavam apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que agora foi abraçado por bolsonaristas.

Resolvemos, então, buscar por mais provas no site Versalic, do Ministério da Cultura. Como já é de conhecimento público, para pleitear qualquer valor financiado pela Lei Rouanet, a pessoa precisa submeter um projeto, explicando toda a situação e onde os valores serão aplicados. Entretanto, não encontramos nada no nome de Luciano Huck.

Se isso não bastasse, a própria Rede Globo, por meio do serviço de checagem Fato ou Fake, desmentiu toda a informação. De acordo com a Globo, os quadros citados na história sempre foram realizados por meio de patrocínios diretos (isto é, cotas publicitárias onde empresas podem comprar essas cotas e os quadros do programa devem utilizar os produtos dessas empresas).

Por sinal, o programa Caldeirão do Huck sequer poderia solicitar verbas da Lei Rouanet. O benefício é concedido apenas a produtoras independentes, podendo ser veiculado em plataformas de streamings e canais de televisão, mas a produção deve ser independente. Não é o caso da atração televisiva.

Vale aponta que, se seguirmos, a lógica, o Caldeirão do Huck (ou qualquer outro programa com um índice de audiência robusto) não precisaria de leis de incentivo para angariar anunciantes. Neste caso, a visibilidade do produto no programa vale (muito) mais do que qualquer benefício fiscal.

Em resumo: a história que diz que o Caldeirão do Huck recebeu incentivos da Lei Rouanet para a realização de alguns quadros é falsa! Não existe nenhum projeto enviado para apreciação do Ministério da Cultura em nome de Luciano Huck. Por fim, a Globo afirmou que os programas citados na história foram realizados com patrocínios diretos, por meio de cotas publicitárias. Ou seja, a história não passa de balela!

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.

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