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Vídeo mostra cristãos sendo queimados vivos na Costa do Marfim #boato

Boato – Um grupo de muçulmanos espancou e queimou pessoas vivas na Costa do Marfim. O motivo do massacre seria porque eles eram cristãos.

Este é mais um vídeo horrorizante que é compartilhado incessantemente na internet. A filmagem de mais ou menos seis minutos mostra o linchamento de algumas pessoas negras. Ao final do vídeo, as pessoas são queimadas vivas. Junto ao vídeo, há a informação de que as pessoas que foram queimadas eram cristãs e o caso teria acontecido na Costa do Marfim.

Por respeito ao internauta, não vamos mostrar o vídeo no Boatos.org. Mas junto ao vídeo, aparecia a seguinte mensagem:

Cristãos sendo espancados e queimados vivos na Costa do Marfim. PRECISAMOS REPENSAR A NOSSA VIDA COMO CRISTÃOS. ESTOU PERPLEXO. Que o Senhor tenha misericórdia de nós.

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Na internet desde 2012, o genocídio circulou por muitas páginas, na grande maioria de igrejas evangélicas. Esse blog mostra a lista de locais em que a notícia foi compartilhada.

Agora, vamos à realidade. Como as imagens mostram, o massacre infelizmente aconteceu. Porém, não se trata de um caso de cristãos sendo agredidos por muçulmanos. O vídeo é relativo a um episódio ocorrido no Quênia em 2008. De acordo com esta reportagem da Reuters, a motivação seria religiosa e os agredidos eram pessoas acusadas de bruxaria.

Ainda de acordo com a matéria, o crime ocorreu na região de Kisii e ao todo, 11 pessoas foram assassinadas. A matéria ainda aponta que muçulmanos e cristãos convivem com harmonia no Quênia. Esta outra matéria do Portal Terra aponta que 120 pessoas foram presas pelo linchamento.

Para acabar com a teoria de que ocorreu massacre de cristãos na Costa do Marfim, esta matéria publicada pela Agência de Notícias Católicas confirma que o viral dos cristãos mortos por muçulmanos na Costa do Marfim é uma fraude. O texto aponta que salesianos que moram no país não relataram nenhum problema com assassinatos brutais de cristãos.

Sendo assim, chegamos à conclusão de que o massacre realmente existiu. Porém, as vítimas eram pessoas acusadas de bruxaria no Quênia e não cristãos na Costa do Marfim.