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EUA exige prisão de Dilma após ela ser condenada por Pasadena #boato

Boato – Após condenação pelo processo de compra superfaturada da refinaria de Pasadena, Estados Unidos exige que Dilma seja presa.

Nem mesmo com a saída de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto o cenário político brasileiro parece se acalmar. Agora que Dilma já não é presidente do país, os holofotes estão voltados à cassação do mandato de Eduardo Cunha e tem muita gente bradando sobre novos (e velhos) nomes para serem pegos pela operação Lava Jato.

Porém, se enganam aqueles que pensam que a ex-presidente da República já caiu no esquecimento. Ainda que não faça mais parte da “nata” da política brasileira, Dilma segue sendo notícia na imprensa e também nos meios nem tão confiáveis assim.

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Nota falsa diz que Dilma foi condenada pelo caso de Pasadena e que os EUA exigem a prisão da ex-presidente

Uma das histórias mais recentes sobre ex-presidente dá conta de que Dilma foi condenada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) pela compra da refinaria de Pasadena, aquisição que na verdade significou um rombo de mais de R$1,5 bi para a Petrobrás. Segundo a nota replicada em vários sites e blogs, os Estados Unidos exigem que Dilma seja presa agora que foi condenada. Confira:

EUA EXIGE PRISÃO DE DILMA! acaba de ser condenada por Pasadena!

E agora? o que Dilma Vana vai fazer? assessores não sabem mais o que fazer, nem mesmo o advogado!! Um singelo gesto, uma visita pouco desejada, cortejou a ex Presidente da República, Dilma Rousseff, em sua visita aos Estados Unidos há pouco tempo. Um oficial de justiça da Corte do Estado de Rhode Island entregou a contra-fé (termos da ação judicial) que inclui Dilma e mais 11 autoridades brasileiras como responsáveis pelos prejuízos causados a acionistas da Petrobras nos Estados Unidos. Assim, desde então, Dilma passou a ser considerada, formalmente, ré da ação movida por investidores norte-americanos contra a Petrobras e seus dirigentes. A visita não constava da agenda oficial da Presidente e a deixou bastante tensa e ainda mais fragilizada. A informação é confirmada pelo escritório Labaton Sucharow, que representa Providene, Capital do Estado onde tramita a ação.

EUA quer a prisão de Dilma Rousseff por causa de Pasadena?

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Embora a ex-presidente não esteja no rol dos governantes mais populares do Brasil, é preciso esclarecer que essa história é mentira. Dilma não foi condenada pelo caso da refinaria de Pasadena e também os Estados Unidos não estão exigindo a prisão imediata dela.

Como é típico de uma balela quase bem feita, a história junta informações verdadeiras, nomes e instituições reais e um monte de baboseira. Antes de tudo, vale esclarecer que a maior repercussão sobre o caso da refinaria de Pasadena ocorreu em julho de 2014 (sim, há mais de dois anos).

Nesse período Dilma foi formalmente inocentada no processo que exige o retorno dos bilhões de prejuízo que a compra da refinaria causou a Petrobrás. Ela, e outros conselheiros da companhia que permitiram o negócio não foram responsabilizados pelo TCU. Ah, tudo isso foi largamente informado pela imprensa naquele ano.

Outra rachadura nessa história é de que os EUA exigiram a prisão da presidente. O argumento de que eles fizeram isso agora não cola porque ela não foi condenada, e em 2014, quando de fato o escritório Labaton Sucharow nomeou e a então presidente da República e outros dirigentes no processo movido lá fora, ela não foi citada como réu. Esta matéria do Estadão explica bem o que significou Dilma ser citada na ação.

É válido saber que a repercussão mais recente sobre o caso da refinaria de Pasadena se deu em março de 2016, quando o ministro substituto do TCU, André Luís Carvalho, pediu que Dilma fosse responsabilizada pelo prejuízo causado a estatal.

Todas essas fases e informações sobre o caso foram cobertas pela imprensa, mas sobre a suposta condenação de Dilma ninguém dá uma linha? Pois bem, depois de tudo explicado, o silêncio da mídia tradicional só nos ajuda a fechar o veredito: essa história toda de condenação e prisão a mando dos Estados Unidos é boato.