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Ponte Preta vendeu jogo final do Paulistão para CBF e Corinthians #boato

Boato – Denúncia aponta que a Ponte Preta vendeu a final do Paulistão para a CBF. Marco Polo Del Nero comprou o jogo para o Corinthians.

A final do Campeonato Paulista entre Ponte Preta e Corinthians estava cercada de expectativas. De um lado, o Timão querendo repetir o título conquistado há 40 anos (e que havia quebrado um jejum de 23 anos), justamente em cima da Ponte Preta. Do outro, a Macaca querendo escrever uma história diferente e buscando o seu primeiro título em 117 anos de história.

Na teoria, o embate parecia ser equilibrado. Porém, a vitória do Corinthians por 3 a 0 em partida disputada no Estádio Moisés Lucarelli (Campinas) praticamente decidiu o Paulistão. E foi aí que uma velha história que circula na internet voltou à tona.

Logo que a partida acabou, um texto “denunciando” que Marco Polo Del Nero e a CBF haviam comprado a partida da Ponte Preta começou a viralizar na internet. De acordo com a mensagem, o atacante William Pottker até havia tentado resistir, mas teve que jogar. Leia o texto que circula online:

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O ESCÂNDALO QUE TODO MUNDO SUSPEITAVA!!! Talvez, isso explique a razão do jogador Potkker ter declarado a seguinte frase: “Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Final do Paulistão de 2017, ficariam enojadas”.

Todos os jogadores ficaram chocados e tristes por terem que entregar o jogo contra o Corinthians! O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas, Lance, e o Gazzeta delo Sport, e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos…

A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o Paulistão por dinheiro! A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, RS$700.000,00 para cada jogador, mais um bônus de RS$400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão técnica, num total de RS$ 23.000.000,00 vinte e três milhões de reais) através da CBF. Mesmo assim, Potkker se recusou a jogar, mas foi obrigado pelo seu técnico Gilson Kleina!…

O Sr. Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, aplaudiu a colaboração da equipe de Campinas! Garantiu que a Ponte teria seu caminho facilitado no Brasileirão 2017! Vamos repassar essa mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o futebol!

Ponte Preta vendeu final do Paulistão para CBF e Corinthians?

Uau, que história hein. Poderia virar enredo de um filme B sobre escândalos no esporte. Sim, porque esta história de final comprada, Ponte Preta, CBF, Del Nero, Corinthians e etc não passa de um boato clássico que circula na internet.

Assim que batemos o olho no texto, já sabemos que se trata de uma balela. Como? Nestes quase quatro anos de Boatos.org, já nos deparamos algumas vezes do mesmo texto “denunciando” esquemas de resultados esportivos e de eleições.

O mesmo texto que começa com “divulgado o escândalo que todo mundo suspeitava” já foi usado para justificar a derrota do Brasil na Copa de 1998 (o boato nasceu lá), depois foi utilizado na conquista do Corinthians na Libertadores, na Copa das Confederações, na Copa do Mundo (havia a versão do sorteio, da eliminação da Espanha e do 7 a 1) e até nas eleições.

Sentimos falta na “versão Ponte Preta” de alguns elementos “clássicos” no boato. Normalmente, o texto falava que a propina tinha sido paga pelo Ronald Rhovald e que a denúncia era de Gunther Scheweitzer. Fora isso, o texto é idêntico aos outros. Inclusive no fato de ser falso e de não ter sido publicado em lugar algum.

Resumindo: o texto que fala que a Ponte Preta entregou o Paulistão para a CBF e para o Corinthians é falso. Nem foi publicado por diversos jornais no Brasil e no mundo, nem é inédito. Mais uma para a coleção dos boatos “que deixam enojados”.

PS: Esse artigo foi uma sugestão de diversos leitores via WhatsApp. Se você quiser sugerir um tema para o Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook ou WhatsApp, no telefone (61) 99331 6821.