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Foto mostra Lobisomem em várias cidades do Brasil

Boato – Informação afirma que lobisomem foi visto em Franca (SP). Mesma criatura apareceu em várias cidades.

Durante a Quaresma, quem nunca ouviu dos avós a velha história do Lobisomem? Um ser assustador, meio homem e meio lobo? A história é conhecida no folclore brasileiro, mas sua origem é grega. O conto varia de região para região, há quem diga que é o 7º filho do sexo masculino nascido depois de uma sucessão de meninas; outro acreditam que é o oitavo filho independente do sexo ou ainda o 7º filho homem que não é batizado – essa, particularmente, minha avó contava.

A história ainda diz que a pessoa se transforma em lobisomem nas noites de lua cheia. Minha avó sempre contava que, no período da Quaresma, o lobisomem saía à caça toda sexta-feira à noite. As lendas também contam que, para matar um lobisomem, é preciso acertá-lo no coração com algum objeto de prata. Há ainda quem acredite que um meio para sobreviver a um encontro com esse ser é pedir para que ele busque um punhado de sal, ao amanhecer, em sua casa.

Parece que a lenda da criatura metade homem, metade lobo saiu do papel e foi para a rua. Ou melhor, para muitas ruas. Na última semana, uma foto com um suposto lobisomem percorrendo uma avenida causou furor na rede. Confira:

Vídeo: é falso que viúva de Eduardo Campos, Heloísa, escreveu texto sobre Lula

 

Crédito: Facebook/Reprodução. Lobisomem" postada no grupo do Facebook da Feira do Rolo de Ceilândia
Crédito: Facebook/Reprodução. Lobisomem. Postada no grupo do Facebook da Feira do Rolo de Ceilândia

 

“Mistérios da Meia-Noite/ Que voam longe/ Que você nunca/ Não sabe nunca/ Se vão, se ficam, quem vai, quem foi…/ Impérios de um lobisomem/ Que fosse um homem…”. A música de Zé Ramalho anunciava, em 1985, o uivo que invadia as casas brasileiras, por meio da televisão, na novela Roque Santeiro, de Agnaldo Silva. Ao que tudo indica, a ficção teria virado realidade e um lobisomen está à solta pelas ruas Ceilândia. Será? Coincidência ou não, é época de lua cheia, o que pode provocar um gelo na espinha de muita gente.”

Mas até que ponto podemos acreditar que a história é real? Bom, tentaremos explicar.

Um dos pontos para levantar suspeitas sobre a reportagem – que foi destaque até no Correio Braziliense e Balanço Geral, da Record – é que ela teve várias versões sobre o lugar em que foi tirada. Desde São Paulo, passando por Mato Grosso do Sul, até chegar no Distrito Federal.

A questão é que ninguém sabe confirmar ao certo de onde a notícia saiu. Além disso, pouco se sabe sobre o fato, como por exemplo, quem fez a foto ou qual o dia em que a imagem foi registrada. Há de se levar em consideração que na mesma semana que a notícia surgiu, um fenômeno conhecido como Blue Moon ocorreu em todo o mundo. Trata-se da segunda lua cheia do mês – comumente, o mês possui apenas uma semana de lua cheia.

Teria o evento influenciado em alguma coisa? Muito provavelmente sim. A falta de informações e o fato da imagem ter sido atribuída a diferentes cidades só fazem aumentar a probabilidade de tudo não passar de uma montagem. Como não há como confirmar a veracidade da história e considerando as circunstâncias em que ela história foi divulgada, batemos o martelo de que isso é boato. Até que se prove o contrário ou a equipe trombe com um lobisomem por aí.